Censo Escolar 2022: dificuldades e conquistas na educação no Ceará chamam atenção

O ano passado marca um recomeço da educação após longos anos de pandemia da Covid-19. Os dados do Censo Escolar foram aguardados para aferir os níveis de problemáticas e evoluções da educação nacional ao longo de 2022. Os dados levantados no Ceará apontam que 2,1 milhões de novas matrículas foram realizadas na educação básica.

Na última quarta-feira, 8, o resultado da coleta foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e evidenciou uma crescente positiva da educação do povo cearense, bem como indicou questões que ainda precisam ser resolvidas. A cada cem estudantes, conforme apontaram os dados, 82 deles são da rede pública de ensino do estado nordestino.

Diante da demanda atual vista no Ceará, há ao menos quatro pontos importantes que precisam ser ressaltados.

Censo Escolar e a evolução da educação cearense

EJA apresentou evolução nas matrículas no cenário pós-pandêmico

Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresentou números maiores nas matrículas, quando comparados a 2021. Após a Covid-19, esta tem sido uma modalidade que aparenta estar crescimento no estado depois de um cenário de evasão.

Em 2022, foram recebidos 163.125 estudantes em todo o estado, superando os 162.025 matriculados de 2021.

Atraso escolar em queda

O estado apresentou redução do atraso escolar, que é quando há alunos com dois anos ou mais de atraso a partir do 6° ano do ensino fundamental. Os dados confirmam que a cada dez alunos, apenas um foi apresentado com a distorção idade-série.

Matrículas em creches apresentaram novo crescimento no estado

Este foi um dado importante e que esteve em evidência em todo o país, inclusive no Ceará. As matrículas em creches não aumentaram durante a pandemia. Os dados começaram a se normalizar apenas em 2022. Somente no Ceará, as creches receberam 182 mil novas matrículas de crianças na faixa etária de 0 a 3 anos de idade.

Modalidade integral do ensino médio aumentou

De todo o Brasil, o estado do Ceará está em terceiro lugar com a maior quantidade de alunos no modelo integral de ensino. À frente, outros dois estados do Nordeste também apresentaram avanços. É o caso da Paraíba e de Pernambuco. No estado cearense, a cada cem alunos no ensino médio, 42 estavam no modelo integral.