Estudo aponta que o cérebro consegue recuperar a visão perdida

Após resultados positivos em um estudo feito com camundongos, pode ser que haja esperança para pessoas que perderam a visão.

Problemas na visão são relativamente comuns, afinal, você certamente conhece pessoas que usam óculos e talvez até seja uma delas, não é mesmo? Por isso, a ciência não para de produzir estudos para entender e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esses problemas. Nesse sentido, um novo trabalho mostrou que o cérebro recupera a visão perdida. Entenda!

Leia mais: Revisão da vida toda: aposentados podem ter valor adicionado ao benefício

Estudo aponta que o cérebro pode recuperar a visão perdida

O estudo foi publicado na revista Current Biology, em setembro desse ano, e foi realizado com camundongos. Basicamente, os pesquisadores trabalharam com animais adultos que sofriam com um distúrbio visual genético chamado Amaurose Congênita de Leber, conhecida como LCA.

Os cientistas trabalharam com compostos químicos chamados retinoides sintéticos, que foram aplicados na retina dos camundongos. As substâncias contribuíram para restaurar as redes cerebrais relacionadas com a visão, levando ao crescimento do dobro de neurônios relacionados a isso e, consequentemente, restaurando a visão dos animais estudados.

Os retinoides são substâncias quimicamente relacionadas à vitamina A, que se chama cientificamente retinol. Existem diversos cremes e medicamentos à base dos retinoides que, por terem essa relação com a visão, vem sendo pesquisados como forma de intervenção para favorecer a recuperação da visão.

Esperança para pessoas com deficiência visual

Esse estudo é muito importante porque aponta que futuramente podem existir alternativas para ajudar pessoas com deficiência visual a voltarem a enxergar. É claro que são necessários mais estudos e novas análises até chegar a uma terapia que possa ser usada em humanos, mas esse já é um resultado animador.

Essa descoberta abre possibilidades muito interessantes para pesquisas futuras. “Sempre que você tem uma descoberta que rompe com suas expectativas sobre a possibilidade de o cérebro se adaptar e religar, isso lhe ensina um conceito mais amplo”, disse um dos autores do trabalho.

Atualmente já existem estudos que mostraram a regeneração do nervo óptico e, com isso, houve restauração da visão em modelos animais. O fato é que, graças ao desenvolvimento tecnológico, existem muitas pesquisas desse tipo em andamento, o que é ótimo, pois em um futuro próximo muitas pessoas poderão ser ajudadas.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.