'Cidade perdida' oceânica revela maravilhas nunca antes vistas

Com estruturas assustadoras, a 'Cidade Perdida' é capaz de arrancar o fôlego!

Surgindo das profundezas a oeste da Dorsal Meso-Atlântica, nas proximidades do cume de uma montanha subaquática, revela-se uma paisagem singular de torres.

Envolvidas na escuridão, suas paredes e colunas de carbonato cremoso adquirem uma tonalidade azulada, quase fantasmagórica, quando iluminadas por um veículo operado remotamente, enviado para investigação.

As estruturas variam em altura, desde pequenas pilhas que se assemelham a cogumelos até um imponente monólito de 60 metros, alcançando quase 200 pés.

O local não é nada mais do que uma ‘Cidade Perdida’ nas profundezas do oceano, conforme apontam os cientistas. Essa cidade foi descoberta em 2000, situada a mais de 2.300 pés de profundidade.

O Campo Hidrotérmico da Cidade Perdida é um ambiente de ventilação submarina que ostenta o título de ser o mais antigo conhecido.

Imagem: D. Kelley / Reprodução.

Até o momento, nenhuma outra paisagem semelhante foi identificada, tornando esse achado um aspecto único nas profundezas oceânicas.

A cidade perdida no oceano

Há mais de 120 mil anos, talvez até mesmo por um período mais longo, o manto nesta parte específica do mundo tem reagido com a água do mar.

Esse processo resulta na emissão de hidrogênio, metano e diversos outros gases diretamente para o oceano. Nas fendas e aberturas do campo submarino, os hidrocarbonetos desencadeiam o surgimento de novas comunidades microbianas, mesmo em ambientes desprovidos de oxigênio.

As chaminés submarinas, que expelem gases a temperaturas tão elevadas quanto 40°C, proporcionam um habitat para uma diversidade de caracóis e crustáceos.

Apesar das condições extremas desse ambiente, ele se revela surpreendentemente cheio de vida, levando os pesquisadores a considerar sua importância e a necessidade de proteção.

Embora campos hidrotermais semelhantes possam existir em outros locais nos oceanos do mundo, este é o único que veículos operados remotamente conseguiram localizar até o momento.

Os hidrocarbonetos emitidos pelas aberturas na Cidade Perdida não têm sua origem no dióxido de carbono atmosférico ou na luz solar, mas sim em reações químicas que ocorrem nas profundezas do oceano.

Este é a Cidade Perdida, um ecossistema imponente no meio do Atlântico Norte. É completamente único, com vida encontrada em nenhum outro lugar na Terra. E se alguém quisesse destruí-lo? Não há nada que você possa fazer a respeito. Sem leis. Sem consequências. Bem-vindo aos Mares Abertos… pic.twitter.com/mdG5wOsr5h

— High Seas Science (@RebeccaRHelm) August 22, 2022

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