Ciência indica: beba moderadamente e melhore as condições da sua saúde
Estudos indicam que existe uma forma de "beber a dor", e não é apenas uma expressão. Trata-se, realmente, de beber de forma moderada.
Durante muito tempo, tem sido afirmado que podemos beber a nossa própria dor. Agora, um novo estudo sugere que esse antigo ditado pode realmente ser verdadeiro. De acordo com a pesquisa, pessoas que consomem quantidades menores de álcool semanalmente experimentam menos inflamação, que é uma das principais causas de dores e desconfortos.
Os pesquisadores descobriram que o ponto ideal parece ser cerca de sete copos de vinho ou litros de cerveja por semana. Essa quantidade está associada a uma redução significativa da inflamação, o que pode resultar em menos sintomas de dor e desconforto para essas pessoas.
Acredita-se, portanto, que a bebida pode funcionar como um alívio para o estresse, que é amplamente reconhecido como um grande impulsionador da inflamação.
No entanto, a equipe responsável por essa descoberta também reconhece que o consumo excessivo de álcool está associado a doenças graves em todo o mundo. É claro, tudo precisa ser moderado!
Ciência indica consumo moderado de álcool para aliviar a dor e o estresse
O NHS (Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido) recomenda que os britânicos limitem seu consumo de álcool a não mais do que 14 unidades por semana, o que equivale a cerca de seis litros de cerveja ou 10 copos pequenos de vinho. Além disso, é aconselhado o consumo de álcool ao longo de três ou mais dias.
Beber além dessas doses recomendadas por longos períodos de tempo pode ter efeitos negativos na saúde. O consumo excessivo de álcool está associado ao aumento da pressão arterial e do colesterol, o que pode aumentar o risco de ataques cardíacos e AVC. Além disso, o consumo excessivo de álcool está relacionado a doenças hepáticas, cânceres e danos ao cérebro.
Especialistas das universidades de Cambridge e Sydney conduziram um estudo com 3.101 britânicos que relataram seu consumo de álcool entre as idades de 34 e 42 anos, quando as dores nas costas costumam surgir.
Aos 46 anos, os participantes passaram por exames de sangue para monitorar os níveis de proteína C-reativa, um marcador de inflamação no corpo.
Níveis elevados de proteína C-reativa podem indicar inflamação no corpo, desde os vasos sanguíneos, aos órgãos e tecidos, além de designar doenças musculoesqueléticas.
O objetivo da pesquisa era investigar a possível relação entre o consumo de álcool e a inflamação, considerando que a inflamação está frequentemente associada a dores e desconfortos, como as dores nas costas.
Analisando os dados e os resultados dos exames de sangue, os investigadores buscaram determinar se havia alguma associação entre o consumo de álcool e os níveis de inflamação no corpo dos participantes.
Além disso, a inflamação está associada a condições como asma e doença inflamatória intestinal e pode aumentar o risco de derrames, ataques cardíacos, câncer, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Resultado parcial da pesquisa
Os resultados do estudo publicado na revista Drug and Alcohol Dependence sugerem que os bebedores de baixo a moderado, que consomem cerca de sete bebidas alcoólicas por semana, em média, apresentaram níveis mais baixos de proteína C-reativa em comparação com os abstêmios e aqueles que bebem também mais altas de álcool, como 30 bebidas alcoólicas por semana.
No entanto, é importante ressaltar que o pesquisador destacou a necessidade de mais estudos para confirmar e aprofundar essas descobertas.
A pesquisa científica é um processo contínuo, e estudos adicionais são importantes para validar os resultados iniciais, explorar possíveis sentimentos subjacentes e considerar outros fatores que podem influenciar a relação entre o consumo de álcool e a inflamação.
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