Ciência: nova ferramenta consegue calcular a sua idade cerebral

Com o uso da inteligência artificial, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia desenvolveram uma ferramenta que é capaz de calcular o envelhecimento cerebral.

Prever sinais de declínio cognitivo pode ser essencial para tratamentos precoce, o que aumenta exponencialmente as chances de o paciente ter mais qualidade de vida e conforto. Graças à inteligência artificial, essa tarefa será mais fácil. Um estudo desenvolvido pela Universidade do Sul da Califórnia resultou em uma ferramenta capaz de comparar milhares de cérebros em um banco de dados e traçar paralelos que indicam a idade relativa deste órgão.

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É possível descobrir a sua idade cerebral

As doenças neurodegenerativas normalmente são investigadas quando as pessoas manifestam algum grau de declínio cognitivo. Idosos sentem mais o efeito dessas enfermidades, contudo elas começaram a se manifestar silenciosamente muitos anos após o início dos sintomas.

Por esse motivo, investigar padrões cerebrais que indiquem lesões ou algum grau de degeneração é essencial para compreender mais sobre o surgimento de doenças neurológicas.

Essa ferramenta é capaz de diagnosticar doenças neurodegenerativas?

A inteligência artificial é uma ferramenta auxiliadora. Dessa forma, ela não irá realizar o diagnóstico de uma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer, mas irá se associar a outras que são utilizadas na investigação para promover um resultado mais claro e perceber como e quando a doença começou a se manifestar.

Como ocorre o envelhecimento cerebral?

Cada organismo tem as suas particularidades.

Sendo assim, não é possível estabelecer um padrão único e imutável para o envelhecimento cerebral. Ele ocorre de maneiras distintas e depende de fatores genéticos e ambientais. Por esse motivo, não tão raramente assim é possível encontrar cérebros de 30 anos parecidos com os de 60 anos, mas o inverso também acontece.

Como a ferramenta funciona?

Ela recebeu imagens de ressonância magnética de diversos cérebros cognitivamente normais e com doenças neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer. A partir disso, criou-se um banco de dados composto por 4.681 voluntários. Foram traçados paralelos entre os cérebros e, com isso, foi possível prever semelhanças entre aqueles de idades semelhantes.

Qual o resultado do estudo?

Ao comparar idades cerebrais com a idade cronológica, percebeu-se que quanto maior for a diferença entre elas, pior é o estado cognitivo do paciente. Como consequência, há maior probabilidade dele desenvolver quadros demenciais.

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