Cientificamente falando, o que há por trás das tatuagens?

A cada dia que passa, as tatuagens têm se tornado cada vez mais comuns. As pessoas que amam a arte ou para aquelas que trabalham com elas já devem ter se perguntado o motivo de ficarem permanentemente no nosso corpo. Especialistas dizem que é devido ao sistema imune. Veja abaixo mais detalhes de como as tatuagens funcionam!

Tatuagens e suas curiosidades

Primeiro, vamos entender do que se trata o sistema imune. Ele é o responsável pela defesa do organismo contra uma infecção. Na prática, toda vez em que entra um “corpo estranho” no organismo, o sistema imune já gera uma resposta imediata.

Dentre várias células fagocíticas, uma das principais que entram em ação durante a resposta imune são os macrófagos. Após reconhecerem um corpo estranho, elas o fagocitam (“comem”).

Afinal, por que a tatuagem fica no corpo para sempre?

Quando você está em uma sessão de tatuagem e a máquina injeta a tinta, ela vai para região da pele que chamamos derme (camada que contém vasos sanguíneos e nervos).

Para o organismo, a tinta é vista com um “corpo estranho”; por isso, o sistema imune já entra em ação gerando uma resposta imediata. Ele, então, vai recrutar os macrófagos para onde a tinta foi depositada.

Esses macrófagos, portanto, irão fagocitar as moléculas de pigmento da tinta da tatuagem. Entretanto, as moléculas da tinta são muito grandes para serem destruídas pelos macrófagos. Dessa maneira, a tinta permanece ali aprisionada formando a tatuagem.

Mais que estética

As tatuagens, hoje em dia, também estão sendo feitas para fins de identificação médica. Por exemplo, em pacientes que possuem diabetes e que podem ser encontrados inconscientes por hipoglicemia ou por alergia a alguma medicação, a tatuagem irá sinalizar essa situação.

Porém, devemos lembrar que a introdução de pigmentos exógenos não é inofensiva e pode ser responsável por uma ampla gama de complicações cutâneas; por isso, é preciso ficar atento(a) aos alertas médicos antes de realizar a arte.

Citando novamente os pacientes com diabetes, quando a hiperglicemia não está controlada, poderá acarretar infecções de feridas e cicatrização prejudicada da tatuagem.