Cientistas acreditam ter encontrado uma 'segunda Terra'; entenda
Segundo os estudiosos, esse possível exoplaneta habitável estaria 'escondido' no Sistema Solar.
Nosso planeta está posicionado em um local único e estratégico do Sistema Solar, onde a distância considerada até mesmo perfeita do Sol dá suporte a formas de vida como nós humanos.
Aqui temos a hidrosfera, litosfera, biosfera e atmosfera, esse conjunto possibilita nossa existência. Além disso, outros fatores cósmicos são fundamentais, como, por exemplo, Júpiter ser nosso verdadeiro protetor em vista de seu tamanho e distância.
Mas será que poderia existir um planeta tão similar ao nosso, a ponto, inclusive, de abrigar outros modos de vida? A princípio é importante contextualizar o próprio conceito de vida, afinal, uma bactéria é uma vida.
E como a teoria da Segunda Terra foi desenvolvida? A hipótese se baseia na observação de objetos transnetunianos agrupados em órbitas específicas.
Isso poderia ser indicativo de uma influência gravitacional significativa exercida por um nono planeta, ainda não observado. Tal gravidade afetaria a órbita desses objetos, levando ao agrupamento observado.
Há um planeta oculto no Sistema Solar?
A “segunda Terra” não teria mais que 3 vezes a massa terrestre e estaria localizada a uma distância em torno de 500 unidades astronômicas do Sol. Uma unidade astronômica é a medida da distância média entre a Terra e o Sol.
O astro mais distante já descoberto no Sistema Solar estava a 132 unidades astronômicas do Sol, enquanto Plutão, por exemplo, orbita em uma média de 40 unidades astronômicas da nossa estrela.
A região do Sistema Solar além de Netuno é conhecida como Cinturão de Kuiper, que contém rochas geladas e planetas anões, também classificados como objetos transnetunianos.
Nos últimos anos, muitos desses objetos foram descobertos, bem como a identificação de padrões em seus movimentos. Alguns deles movem-se em grupos com órbitas inclinadas, sugerindo influência gravitacional de um astro maior.
Em 2016, os astrônomos Mike Brown e Konstantin Batygin propuseram a existência de um hipotético Planeta Nove como a causa desse agrupamento.
De acordo com suas teorias, esse planeta hipotético teria cerca de 6,3 vezes a massa da Terra e orbitaria a uma distância superior a 460 unidades astronômicas do Sol.
(Imagem: divulgação)
Além deles, em 2008, os pesquisadores japoneses Lykawka e Tadashi Mukai, da Universidade de Kobe, também observaram um grupo de objetos transnetunianos que poderia estar relacionado à presença de um planeta oculto.
Eles afirmam que tal astro, semelhante à Terra, teria uma massa entre 1,5 e 3 vezes a da Terra e uma órbita com seu ponto mais distante do Sol situado entre 250 e 500 unidades astronômicas.
No entanto, atualmente, as informações sobre o Planeta Nove ainda são limitadas, e espera-se que mais detalhes sejam revelados à medida que as técnicas e instrumentos de pesquisa continuam a evoluir.
A pesquisa sobre a possível existência desse planeta semelhante à Terra foi publicada no The Astronomical Journal e representa um campo empolgante da astronomia que continua a desvendar os mistérios do Sistema Solar.
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