Cientistas descobrem como as plantas resistiram ao evento de extinção dos dinossauros; veja

Há 66 milhões de anos, um cataclismo de proporções épicas, conhecido como a extinção K-Pg, varreu a Terra, exterminando os majestosos dinossauros.

No entanto, enquanto esses gigantes desapareceram para sempre, as plantas com flores, ou angiospermas, emergiram como verdadeiras sobreviventes dessa catástrofe cósmica.

Uma pesquisa recente revelou não apenas a resiliência extraordinária dessas plantas, mas também como elas prosperaram e dominaram a flora do planeta.

A grande extinção K-Pg e a perda da vida terrestre

A extinção K-Pg, causada pela impactante queda de um meteoro em Chicxulub, levou à extinção de pelo menos 75% da vida terrestre da época.

Os fósseis desse período refletem essa devastação, pois muitas formas de vida desapareceram abruptamente. No entanto, as plantas, que não têm esqueletos nem exoesqueletos, deixaram poucos vestígios em registros fósseis, tornando difícil a compreensão de seu destino naquele evento.

A revelação da resiliência das angiospermas

Para entender como as angiospermas sobreviveram e prosperaram, uma equipe científica utilizou um modelo estatístico chamado nascimento-morte.

(Imagem: MARK P. WITTON/SCIENCE PHOTO LIBRARY./reprodução)

Eles analisaram mutações nas sequências de DNA de aproximadamente 73.000 espécies de plantas com flores, empregando técnicas moleculares para estimar quantas espécies teriam sido extintas ao longo da história das angiospermas.

Os resultados revelaram que a grande maioria das famílias de angiospermas já existia antes da extinção K-Pg. Entre essas famílias estavam ancestrais de plantas como hortelã, magnólia e orquídeas.

Além disso, as flores demonstraram uma incrível capacidade de adaptação. Algumas duplicaram todo o seu genoma, enquanto outras ajustaram seus processos de fotossíntese para lidar com a iluminação reduzida após o impacto do meteoro.

A dominância das angiospermas na atualidade

Hoje, nosso planeta abriga cerca de 400.000 espécies de plantas, com a maioria delas, aproximadamente 300.000, sendo angiospermas.

Essas plantas não apenas sobreviveram à extinção K-Pg, mas também prosperaram e se tornaram a base de muitos ecossistemas. Sua influência é inegável, pois praticamente todas as formas de vida na Terra dependem ecologicamente das angiospermas.

Enquanto os dinossauros podem ter desaparecido, as angiospermas são um lembrete duradouro da incrível resiliência e adaptação da vida em nosso planeta, oferecendo-nos uma visão fascinante de como a natureza pode superar as adversidades mais extraordinárias.