Cientistas descobrem que ‘cegueira facial’ pode ser mais comum do que se pensava
Com a crescente atenção da mídia, um número maior de pessoas tem compartilhado suas experiências pessoais com a cegueira facial.
A cegueira facial é uma condição misteriosa que afeta algumas pessoas durante toda a vida, impedindo-as de reconhecer rostos familiares. Embora a maioria das pessoas leve menos de meio segundo para associar características faciais com uma identidade, as pessoas com cegueira facial não têm esse “superpoder”.
Estima-se que cerca de 2 a 2,5 por cento da população mundial sofra com essa condição cognitiva, mas uma nova pesquisa da Universidade de Harvard sugere que a condição possa ser mais comum do que se pensava. Como a cegueira facial tem ganhado maior atenção da mídia nos últimos anos, mais pessoas relataram lutar com a condição.
Porém, mais da metade dos indivíduos que acreditam ter a doença não se enquadram nos padrões de diagnóstico comuns, destacando a necessidade de critérios diagnósticos mais inclusivos. Os pesquisadores de Harvard descobriram que a cegueira facial existe em um espectro, e os casos mais leves são tão significativos quanto os casos mais graves.
Os padrões diagnósticos atuais são rígidos, mas não necessariamente representam a gravidade do distúrbio. No estudo da Universidade de Harvard, os limites diagnósticos estritos produziram uma taxa de diagnóstico de quase 1%, mas alguns pacientes que não se enquadram nesses critérios rigorosos ainda apresentaram problemas significativos no reconhecimento facial. Isso sugere que a cegueira facial pode ser melhor entendida como um espectro que abrange casos leves e graves, sem diluir significativamente o grupo geral de pacientes.
As descobertas destacam a importância de afrouxar os critérios diagnósticos da cegueira facial para permitir que mais pessoas procurem soluções para ajudá-las a identificar rostos. Cientistas da Harvard sugerem o uso de dois limites diagnósticos padronizados para casos graves e leves, o que pode expandir o conhecimento limitado sobre a condição.
Saber que se tem evidências objetivas reais de prosopagnosia, mesmo em uma forma leve, pode ajudar as pessoas a procurar tratamento e reduzir os impactos negativos na vida cotidiana. Formas leves de cegueira facial também podem se beneficiar mais do treinamento e tratamento cognitivo. Portanto, é hora de levar esses casos em consideração e expandir nosso entendimento da cegueira facial.
Fonte: Sciencedirect
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