Cientistas descobrem um novo tipo de depressão não tratável com medicação
O novo tipo de depressão tem sido vista com cautela pelos especialistas que, apesar de tudo, estão estudando uma forma eficaz de combatê-la.
Um novo estudo realizado pela Stanford Medicine identificou uma nova categoria de depressão que afeta 27% dos pacientes diagnosticados e não responde efetivamente aos antidepressivos convencionais.
Essa forma específica de depressão compartilha semelhanças com os transtornos de déficit de atenção e se assemelha a todas as especificações, desde a incapacidade de manter o foco em diferentes situações até mesmo a dificuldade em se organizar para algo com antecedência.
De acordo com pesquisadores de Stanford, os antidepressivos tradicionais, que têm como objetivo liberar a serotonina no cérebro, mostram-se menos eficazes no tratamento de pacientes com disfunção cognitiva, como os afetados pela nova categoria de depressão identificada no estudo.
Com isso, a principal autora da pesquisa, Leanne Williams, destacou a necessidade de encontrar novas abordagens terapêuticas para melhorar os resultados do tratamento e reduzir a fase de tentativa e erro atualmente enfrentada pelos pacientes.
A “nova depressão” ainda não tem tratamento
O estudo envolveu uma amostra de 1.008 adultos que não estavam utilizando medicamentos e apresentavam um quadro depressivo mais severo. Esses participantes foram tratados com antidepressivos comumente prescritos para auxiliar o paciente com a serotonina.
A pesquisadora Leanne Williams ressaltou a importância de encontrar semelhanças e perfis de função cerebral para personalizar o tratamento e abordar efetivamente a depressão para cada paciente. Essas descobertas destacam a necessidade de estratégias mais individualizadas no tratamento da depressão.
A Dra. Laura Hack e a pesquisadora Williams, em virtude dos novos dados obtidos, estão recomendando que pacientes com o perfil de depressão mencionado sejam submetidos a exames de imagem antes de iniciar o tratamento com as medicações.
Atualmente, as observações e as medidas de autorrelato são os principais métodos utilizados, mas a geração de imagens durante a execução de tarefas cognitivas apresenta-se como uma técnica inovadora nos estudos relacionados ao tratamento da depressão.
Introduzir exames de imagens pode contribuir para uma compreensão mais aprofundada da função cerebral desses pacientes e, consequentemente, possibilitar estratégias de tratamento personalizadas e eficazes.
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