Cientistas encontram vulcão gigantesco ‘escondido’ no Labirinto da Noite, em Marte

Junto a ele também foi avistada o que parece ser uma antiga geleira enterrada e esquecida no subsolo marciano.

Cientistas do Instituto SETI identificaram um vulcão de dimensões colossais escondido no interior do Noctis Labyrinthus (Labirinto da Noite) de Marte, uma região cercada de mistérios.

No local, há também vestígios de uma antiga geleira, que na verdade era o foco principal da equipe liderada pelo cientista planetário Pascal Lee.

De acordo com Lee e sua equipe, num primeiro olhar fica até difícil dizer que existe um vulcão ali, uma vez que ele está totalmente erodido e já não resguarda muito da sua antiga forma.

Contudo, o local onde o vulcão (batizado de Noctis Mons, ou “Monte da Noite”) está é repleto de minerais que já apontava altos graus de atividade vulcânica no local. Então, segundo os cientistas envolvidos na descoberta, era apenas uma questão de tempo encontrar o “monte fumegante” por lá.

Um gigante adormecido

(Imagem: Pascal Lee e Shubham/reprodução)

O Noctis Mons de fato possui medidas gigantescas e uma dimensão impressionante quando comparado com os vulcões da Terra.

Conforme medições recentes, a montanha tem 9 mil metros de altura e 250 km de diâmetro, o que o coloca mais de 2 mil metros acima do maior vulcão adormecido da Terra, que se eleva a 6.893 metros acima do nível do mar.

Quando comparado com outros vulcões de Marte, porém, Noctis Mons fica apenas com a sétima posição. Pois é, Marte é um lugar de montanhas gigantescas!

Apenas vestígios

(Imagem: Pascal Lee e Shubham/reprodução)

Apesar de ter sido apontado taxativamente como um vulcão, Noctis Mons dá “apenas sinais” de ser uma montanha fumegante. Porém, esses sinais são bem conclusivos, por assim dizer.

Hoje muito erodido, o monte apresenta restos de uma cratera gigantesca em seu centro, além de formas arqueadas que compunham a sua antiga caldeira.

Além disso, ao redor do antigo vulcão existem vestígios de restos de lava e cinzas vulcânicas espalhadas num raio de pelo menos 5 km. Por tudo isso, os cientistas inferem que Noctis Mons deve ter estado ativo por eras.

Por outro lado, em volta do vulcão e abaixo de seu pico foram encontradas ainda mais evidências de que Noctis Labyrinthus certa feita já foi uma imensa geleira que em determinado ponto derreteu.

De qualquer forma, os cientistas acreditam que ainda podem haver restos da antiga geleira no subsolo do Labirinto da Noite. Inclusive, estruturas semelhantes a bolhas encontradas ao redor de Noctis Mons corroboram com essa tese, além da presença dos já referidos minerais vulcânicos que são abundantes na região.

Pode não ser só gelo

Dadas as evidências que cercam Noctis Mons, o próprio Pascal Lee, outros cientistas do Instituto SETI e demais especialistas que analisam Marte minuciosamente acreditam que o planeta pode ainda ser ativo geologicamente falando. Inclusive, fala-se até em atividade sísmica e a possibilidade desse e de outros vulcões marcianos ainda estarem ativos.

Caso isso viesse a se confirmar, teríamos em mãos as provas cabais de que o Planeta Vermelho tem de fato condições para gerar o ambiente propício ao surgimento da vida como a conhecemos.

Porém, tudo isso ainda não passa do campo da especulação. Nos próximos anos, estudos mais abrangentes sobre Marte devem ser feitos para que respostas mais conclusivas sejam encontradas.

* Com informações de Science Alert

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