Cleópatra: conheça detalhes da verdadeira aparência da famosa rainha do Egito

Cleópatra VII, a última governante ativa do Reino Ptolemaico do Egito, é indiscutivelmente uma das figuras mais famosas e enigmáticas do mundo antigo.

Sua imagem, imortalizada em artefatos antigos e reinterpretada em obras contemporâneas, sempre despertou curiosidade sobre como ela realmente era e se sua representação no cinema era fiel à realidade.

No entanto, recentes descobertas arqueológicas e pesquisas históricas vêm lançando luz sobre a aparência autêntica de Cleópatra, desvendando mistérios que há muito tempo intrigam os estudiosos.

Essas revelações têm gerado grande interesse e debates acalorados em torno da verdadeira cor de sua pele e de outros aspectos de sua aparência.

Descobertas sobre a verdadeira aparência de Cleópatra surpreendem especialistas

(Imagem: divulgação)

Ao longo dos anos, a quantidade de incertezas em relação à aparência de Cleópatra tem sido ampliada. Isso se deve ao fato de que até hoje o corpo da famosa rainha do Egito nunca foi encontrado.

No entanto, estudiosos afirmam que as representações encontradas em artefatos podem enganar.

Andrew Kenrick, renomado pesquisador da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, revelou recentemente que as estátuas antigas podem não ser tão precisas em retratar a realidade.

Segundo ele, essas esculturas e estátuas eram concebidas como projeções de diferentes aspectos de uma figura importante, em vez de serem feitas com base na semelhança física.

“É comum, por exemplo, que uma estátua representasse um governante com um corpo muito mais musculoso do que ele realmente tinha”, explicou Kenrick em entrevista ao portal Live Science.

Debates sobre sua origem étnica

Conforme mencionamos anteriormente, existe uma escassez de objetos antigos que retratam Cleópatra.

Apenas algumas estátuas, cuja origem é incerta, e moedas cunhadas por ela foram encontradas na cidade de Taposiris Magna, no Egito. A quantidade é limitada, o que dificulta uma análise precisa sobre sua aparência física.

Em relação à discussão sobre sua cor de pele, a professora Prudence Jones, da Montclair State University, destaca que não existem evidências do mundo antigo que indiquem o tom de pele de Cleópatra.

No entanto, alguns pesquisadores levantaram a possibilidade de ela ter ascendência africana. Andrew Kenrick afirma que, embora seu pai fosse grego e ela se considerasse grega, Cleópatra se retratava como egípcia quando isso lhe convinha politicamente.

No entanto, Zahi Hawass, ex-ministro egípcio de antiguidades, refuta veementemente a ideia de que Cleópatra tivesse sangue africano. Ele ressalta que a história bem documentada atesta que Cleópatra não era negra.

Cleópatra poderia ser branca, de acordo com outras análises

Através de meticulosas pesquisas e análises, os especialistas puderam determinar que a língua materna dessa figura era o grego. Esse achado surpreendente não apenas confirma a conexão com a Grécia Antiga, mas também revela detalhes fascinantes sobre sua herança e identidade.

Ao examinar atentamente os bustos e os retratos contemporâneos, os pesquisadores desvendaram uma característica marcante: a figura é retratada claramente como sendo branca. Essa representação artística é um testemunho visual poderoso de como essa figura era percebida na época.

Essa descoberta histórica traz uma nova perspectiva sobre a figura misteriosa, fornecendo insights valiosos sobre sua origem e influência.