Nos EUA, colírios são suspeitos de causar morte, cegueira e perda de globo ocular

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (a agência americana de saúde pública CDC, na sigla em inglês) detectaram 68 pacientes em 16 estados americanos com uma cepa rara de Pseudomonas aeruginosa. As autoridades de saúde dos EUA dizem que colírios podem ter provocado a morte de uma pessoa e deixado diversas outras gravemente feridas.

Saiba mais sobre esses casos

Além de uma morte, oito pacientes sofreram perda de visão e quatro precisaram ter seus olhos removidos. Essa bactéria é resistente a muitos antibióticos, o que pode tornar o tratamento de infecções mais difícil.

De acordo com o CDC, a maioria dos pacientes diagnosticados com a infecção relatou o uso de colírios e lágrimas artificiais. Dez marcas diferentes foram identificadas como possivelmente ligadas ao surto.

Após as informações, duas marcas de colírios fabricados na Índia e importados para os EUA foram retiradas das prateleiras em janeiro e fevereiro.

Diversos frascos abertos por pacientes foram submetidos a testes. O CDC detectou a bactéria nas amostras. Além disso, frascos fechados estão sendo examinados em laboratório para determinar se a contaminação ocorreu durante o processo de fabricação.

No entanto, um representante da EzriCare disse que os testes até agora não comprovaram definitivamente uma relação entre o surto e seus produtos.

“Na medida do possível, estamos entrando em contato com os clientes para aconselhá-los contra o uso contínuo do produto”, disse um porta-voz.

Os sintomas da infecção incluem secreção ocular amarela, verde ou clara, desconforto ou dor, vermelhidão, visão embaçada e aumento da sensibilidade à luz.

De acordo com a Statista, uma empresa de pesquisa de mercado disse que colírios e produtos para lavagem dos olhos foram usados por aproximadamente 117 milhões de americanos em 2020.

O tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa pode incluir o uso de antibióticos, terapia de suporte e, em casos graves, hospitalização.

O CDC orienta que qualquer pessoa que tenha usado os produtos recolhidos e agora esteja apresentando sintomas, entre em contato com um médico.