Colômbia descriminaliza aborto e Bolsonaro se posiciona contra
Presidente se mostrou contrário à decisão da Colômbia de que, até a 24ª semana, a mulher poderá escolher manter ou interromper a gestação.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro se mostrou contrário ao que a Colômbia decidiu recentemente quanto ao aborto, na qual é liberado, até a 24ª semana de gestação, escolher manter ou interromper. Bolsonaro disse que irá proteger a vida das crianças, e que achou a medida adotada um ato contra a vida das crianças colombianas com o apoio do estado. O presidente sempre se mostrou contra a legalização do aborto, relatando que nunca aprovaria uma lei que flexibilizasse essa prática.
Ademais, ele considera o ato desumano, visto que, com seis meses de gestação, a criança já teria tato, olfato e paladar, além de já conseguir escutar a voz de sua mãe. O presidente brasileiro exemplificou o nascimento de bebês prematuros, que são protegidos, cuidados e amados pelos pais, que lutam pela vida deles desde muito cedo, os protegendo e zelando. A esquerda, por sua vez, comemora a decisão tomada pela Colômbia.
Bolsonaro busca apoio de seus eleitores evangélicos para se reeleger nas eleições desse ano. Porém, nas pesquisas, o atual presidente está atrás do candidato do PT e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na Colômbia, as gestantes que decidirem pelo aborto não estarão infringindo o código penal, que as libera até a 24ª semana para realizar o procedimento, sem serem julgadas por suas ações. O presidente colombiano, Iván Duque, chamou de “atroz’ essa decisão do tribunal de seu país, acreditando que o aborto pode ser tratado com um método contraceptivo.
Junto ao México e a Argentina, a Colômbia é o terceiro país da América Latina a descriminalizar o aborto. Além disso, é o primeiro país latino-americano com um governo de direita a aprovar tal decisão, ainda que feita pela Justiça. O aborto é um ato legalizado também em países como Cuba, Guiana e Uruguai.
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