Comer em casa é mais perigoso que na rua, segundo microbiologista
Ao contrário do que muitos pensam, comer em casa pode ter mais riscos de intoxicação alimentar do que as refeições feitas na rua. Entenda.
Comer em casa é uma preferência comum por várias razões, incluindo a economia financeira e a oportunidade de selecionar ingredientes, visando opções mais seguras. No entanto, segundo um microbiologista, o risco de intoxicação alimentar é significativamente maior em ambientes domésticos do que em locais públicos.
A adoção de práticas adequadas no manuseio e preparo dos alimentos é crucial para minimizar riscos de contaminação, independentemente do local de consumo. Em ambiente doméstico, uma das principais preocupações é a contaminação cruzada. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando a mesma tábua de corte é usada para manipular tanto carne crua quanto vegetais, sem a devida higienização entre os usos.
Um equívoco frequente em residências é o armazenamento conjunto de alimentos crus e cozidos na geladeira, prática que aumenta o risco de contaminação. Além disso, o cozimento insuficiente dos alimentos pode ser uma fonte de diversas doenças.
A inadequada refrigeração, ocasionada por falhas na vedação do refrigerador, por exemplo, pode criar um ambiente propício para o crescimento de microorganismos nos alimentos.
A higiene pessoal é outro fator crítico, frequentemente negligenciado durante o preparo de alimentos em casa. De acordo com o microbiologista Roberto Martins Figueiredo, também conhecido como Dr. Bactéria, comer em casa pode ser mais arriscado do que comer fora, devido aos perigos de intoxicação alimentar.
Segundo ele, enquanto a comida de rua ou de restaurante é responsável por apenas 4,5% das intoxicações alimentares, as refeições preparadas em casa representam entre 44% e 45% desses casos. Portanto, adotar práticas de higiene adequadas na preparação de alimentos é essencial, e a confiança no próprio ambiente doméstico não deve levar ao descuido.
É importante não deixar alimentos fora da geladeira por mais de duas horas e sempre cobri-los antes de refrigerá-los, para minimizar os riscos de contaminação. Adotando medidas preventivas, é possível reduzir significativamente a proliferação de bactérias, tornando as refeições caseiras tão seguras quanto aquelas preparadas seguindo os padrões de restaurantes.
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