Como chegar aos 100 anos com saúde? Especialistas respondem

Há alguns pilares fundamentais que precisam ser levados em consideração nessa busca.

A busca pela longevidade é um objetivo universal e, nos dias de hoje, mais acessível do que nunca, graças aos avanços na ciência e na medicina.

Viver até os 100 anos com saúde e qualidade de vida é uma possibilidade real, como demonstrado por diversos estudos e experiências de pessoas que alcançaram essa marca.

Para entender melhor como alcançar isso, é essencial observar as práticas de indivíduos que já atingiram tal idade e incorporar hábitos comprovadamente benéficos ao nosso cotidiano.

Ao redor do mundo muitas pessoas estão despertando para essa realidade e nos trazendo informações valiosas a respeito dos pontos cruciais para estabelecer uma vida plena e de qualidade.


100 anos de vida saudáveis são possíveis – Imagem: reprodução

Hábitos alimentares

Segundo Dan Buettner, autor e pesquisador que estudou regiões conhecidas como “Zonas Azuis” — áreas do mundo onde as pessoas vivem significativamente mais tempo — a dieta é um dos pilares para uma vida longa.

Nessas regiões, como Okinawa no Japão e Sardenha na Itália, a alimentação é rica em vegetais, grãos integrais, nozes e peixes, com baixo consumo de carne vermelha e alimentos processados.

Falando nesse sentido, o Dr. Valter Longo, diretor do Instituto de Longevidade da Universidade do Sul da Califórnia, enfatiza a importância da restrição calórica e jejum intermitente, práticas que têm mostrado como retardar o envelhecimento celular.

Atividade física regular

Pessoas que vivem nas Zonas Azuis se envolvem em atividades físicas diárias de maneira natural, como jardinagem, caminhada e tarefas domésticas.

Não é necessário um regime de exercícios intensos; o importante é manter-se ativo regularmente.

Buettner também observa que tais atividades mantêm o corpo em movimento, fortalecem os músculos e melhoram a saúde cardiovascular.

Já a Dra. Claudia Kawas, professora de neurologia na Universidade da Califórnia, em Irvine, destaca que a atividade física moderada é associada a uma menor incidência de doenças crônicas e ao aumento da expectativa de vida.

Conexões sociais e bem-estar mental

Manter conexões sociais fortes e um propósito de vida é outro fator determinante para a longevidade. Nas Zonas Azuis, as pessoas vivem em comunidades coesas, onde o apoio mútuo e as interações sociais são frequentes.

Por outro lado, a solidão e o isolamento social são grandes inimigos da longevidade, pois aumentam o risco de doenças como a depressão e problemas cardíacos.

O gerontólogo Dr. John Rowe, da Universidade de Columbia, aponta que o suporte social e a interação contínua com amigos e familiares não só promovem a saúde mental como também têm efeitos positivos na saúde física.

Sono de qualidade

Dormir bem é essencial para a reparação celular, a função imunológica e o bem-estar mental.

O Dr. Matthew Walker, autor do livro “Por que Nós Dormimos?” e professor de neurociência e psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, ressalta que uma boa qualidade de sono pode prevenir doenças neurodegenerativas e promover a longevidade.

Práticas recomendadas incluem manter uma rotina de sono consistente, evitar eletrônicos antes de dormir e criar um ambiente propício ao descanso.

Gestão do estresse

Por fim, a gestão eficaz do estresse é indispensável para uma vida longa e saudável. O estresse crônico pode acelerar o envelhecimento e aumentar o risco de diversas doenças.

Técnicas como meditação, ioga e mindfulness são eficazes para reduzir o estresse e melhorar a saúde mental e emocional.

Comentando sobre o assunto, a Dra. Elissa Epel, psicóloga e professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia, em San Francisco, demonstrou que essas práticas não apenas reduzem o estresse, mas também podem aumentar a longevidade ao melhorar a saúde celular.

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