Como é feito o grafite do lápis? Processo vai dar um nó na sua cabeça

Saiba como funciona todo o passo a passo, desde a seleção da madeira até a adição do grafite e o acabamento final.

O lápis, uma ferramenta essencial em nosso cotidiano, muitas vezes passa despercebido em sua complexidade. A produção desse objeto simples envolve um processo meticuloso que combina ciência, arte e engenharia. Desde a escolha da madeira até a composição do grafite, cada etapa é crucial.

Embora pareça trivial, a fabricação do lápis tem uma história rica em detalhes e evoluções. Ao longo dos séculos, o grafite e sua estrutura única foram descobertos e aprimorados. Hoje, podemos analisar como esse material se transforma, junto à madeira, em um dos instrumentos mais utilizados no mundo.

A evolução do grafite

A descoberta do grafite data do século XVI, inicialmente confundido com chumbo. Apenas no século XVIII suas propriedades únicas foram reconhecidas. Sua estrutura hexagonal permite fácil deslizamento, tornando-o ideal para escrita e desenho.

Nos primeiros lápis, o grafite era envolvido em cordas ou peles de animais. No século XIX, Hyman Lipman inovou ao adicionar uma borracha ao lápis, melhorando sua funcionalidade e tornando-o mais prático para o uso diário.

Imagem: Divulgação/Triss

Processo de produção dos lápis

A madeira do pinheiro (Pinus caribea) é a escolha ideal para os lápis devido à sua densidade e resistência. Árvores com mais de 18 anos são cortadas em tábuas, tingidas e tratadas com gordura para maciez. Elas “descansam” por 60 dias antes de receber o grafite.

O grafite é obtido de minérios ou produzido industrialmente. Para lápis, mistura-se pó de minério, argila e água. A quantidade de argila define a dureza do grafite. Os lápis H, usados em engenharia, contêm menos argila, tornando-os mais macios.

O composto é moldado em “espaguetes” e endurecido em forno alimentado por grafite, atingindo 1020ºC. Lápis coloridos incluem barro, goma, cera e pigmentos.

Montagem e acabamento

As tábuas são preparadas com canaletas para inserir o grafite. Depois, são unidas como “sanduíches” e prensadas para proteger o grafite.

Cortadas em formas circulares ou hexagonais, são lixadas e recebem acabamento com verniz ou tinta. Após secagem, o nome do fabricante é prensado e a ponta é apontada.

Cada pinheiro pode resultar em cerca de 9 mil lápis, e cada “sanduíche” rende de seis a nove lápis. Fábricas responsáveis replantam árvores após a colheita, garantindo um ciclo sustentável.

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