Como funcionam as vacinas e como são produzidas?
Durante todas as fases da vida precisamos tomar uma série de vacinas. Isso porque elas são fundamentais para a manutenção da saúde individual e coletiva. Confira algumas informações e curiosidades.
As vacinas são tão comuns em nossas vidas desde a primeira infância, que muitas vezes nem nos atentamos a importância que ela possui. Capazes de evitar grandes epidemias e mortes em massa, como acontecia na idade média, elas são peça fundamental nas questões de saúde pública.
Mas você já parou para se perguntar como as vacinas são feitas? E mais, como elas agem no nosso organismo evitando doenças? Se você deseja sanar alguma dessas dúvidas, pode conferir o artigo abaixo, em que explicamos detalhadamente as respostas dessas, e de outras perguntas.
Como as vacinas foram criadas?
As primeiras vacinas foram desenvolvidas na Inglaterra, por volta de 1796. O responsável por por uma descobertas que mudaram o mundo foi o médico Edward Jenner.
No século XVI o vírus da varíola dizimou grande parte da população mundial, fazendo vítimas na América Espanhola, Europa e até mesmo no Brasil. Assim, alguns anos depois, já no final do século XVIII, Jenner começou a observar e estudar o processo e as possíveis relações entre a varíola bovina e a humana.
Naquela época, vivendo na zona rural, o médico observou que os trabalhadores de laticínios que tinham contato com vacas contaminadas pelo vírus, desenvolviam a doença de forma menos agressiva ou nem mesmo ficavam doentes, quando entravam em contato com forma humana da enfermidade.
O fato já havia despertado curiosidade entre os próprios trabalhadores, que não tinham meios para estabelecer uma explicação científica para a situação. A partir dessas constatações, Edward Jenner começou a fazer experimentos, com o objetivo de comprovar ou refutar a hipótese colocada.
Depois de constatar que o contato entre as feridas dos animais e humanos era capaz de amenizar os efeitos da varíola, ele quis saber se entre as pessoas era da mesma forma. Para testar, ele injetou em uma criança o líquido extraído da ferida de uma pessoa adulta, e que havia recebido a secreção nos machucados de sua mão através da ordenha de uma vaca contaminada.
A criança teve poucos sintomas e acabou por não desenvolver a forma bovina da doença. Entretanto, era preciso testar se isso também se consolidava com a forma humana do vírus.
Assim, ele retirou secreção de um ser humano infectado com a varíola mas que não havia tido nenhum contato com as vacas contaminadas. O conteúdo foi injetado na mesma criança, que para surpresa de todos, não ficou doente.
Munido deste e muitos outros testes que se seguiram e comprovaram sua hipótese, em 1798, Edward Jenner publicou o trabalho que seria um marco na saúde pública. A princípio, o processo foi chamado de inoculação e somente muitos anos depois foi de vacinação, do latim vaccinae, palavra que significa vaca.
Mas afinal de contas, como as vacinas funcionam no nosso corpo?
Desde a importante descoberta de Jenner, já se passaram mais de 200 anos. Portanto, o processo foi estudado e aperfeiçoado centenas de vezes, garantindo que as vacinas sejam cada dia mais modernas, seguras e eficazes.
Assim, quando o corpo é infectado com uma doença contra a qual a pessoa já está protegida, como a tuberculose, por exemplo, por já ter uma memória anterior, os agentes responsáveis pelo sistema imunológico conseguem trabalhar rapidamente, evitando que o indivíduo fique doente.
Como as vacinas são produzidas?
Sabendo como elas foram criadas e como funcionam no organismo, o próximo passo é conhecer como elas são feitas atualmente. Seus processos de fabricação são bem parecidos, o que muda é o agente causador da enfermidade.
Geralmente o vírus da doença passa por processos capazes de diminuir ou atenuar o seu poder de infecção, mas de forma que eles ainda sejam capazes de despertar o sistema imunológico, que será responsável pela proteção do indivíduo.
Respeitando este princípio básico, elas podem ter diversas fórmulas. Há vacinas, por exemplo, que são produzidas com a injeção do vírus em ovos com embriões vivos. Lá, eles vão se multiplicar e depois vão passar por tratamento para poderem ser utilizados.
Algumas vacinas, como a da gripe, que são refeitas todos os anos. Isso porque o vírus passa por mutações anuais. Ou seja, como o agente causador da doença será diferente, para que a imunização aconteça, a vacina precisará ser feita de acordo com o novo material genético, caso contrário, não terá efeito algum.
Os processos são rigorosamente acompanhados e fiscalizados tanto pela Organização Mundial de Saúde, quanto pelas agências reguladoras de cada país. Normalmente os primeiros testes são feitos em animais e caso eles não apresentem reações, os testes poderão ser feitos nas pessoas.
O importante é estar sempre protegido e em dias com todas as vacinas. Muitas doenças graves, capazes inclusive de deixar sequelas permanente, podem ser evitadas assim.
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