Como o ChatGPT acabou com empresa voltada à educação online

A Chegg, gigante da educação online, enfrenta desafios depois da ascensão do ChatGPT.

A Chegg, conhecida por fornecer suporte educacional online, enfrenta um momento turbulento. Com o advento do ChatGPT, os estudantes encontraram uma alternativa gratuita e eficaz para suas necessidades acadêmicas.

Tal fenômeno tem impactado significativamente o modelo de negócios da Chegg. Desde o lançamento do ChatGPT, a Chegg perdeu mais de 500 mil assinantes.

A queda de 99% no valor de suas ações desde 2021 reflete essa mudança. A empresa, que antes liderava o mercado, agora busca formas de se reinventar diante dos novos desafios.

O CEO da Chegg, Dan Rosensweig, deixou o cargo em junho. Nathan Schultz, seu sucessor, demitiu parte da equipe e busca expandir o serviço internacionalmente.

O objetivo agora é reposicionar a Chegg como mais do que uma fornecedora de respostas acadêmicas.

ChatGPT tem sido o pivô da decadência de empresa que lida com educação online – Imagem: reprodução

Adaptação ao novo cenário

Rosensweig firmou uma parceria com Sam Altman, da OpenAI, para desenvolver o Cheggmate, uma plataforma apoiada no GPT-4.

No entanto, mesmo com essa iniciativa, o crescimento de assinantes continuou a cair, o que levou a empresa a redefinir suas estratégias.

Além disso, houve uma parceria com a Scale AI que visa melhorar a qualidade das respostas dadas pela inteligência artificial do sistema.

Porém, a Chegg ainda enfrenta desafios para reconquistar sua base de usuários e recuperar a estabilidade financeira.

Em meio a essa crise, a receita da Chegg caiu 11% no segundo trimestre, a maior desde 2017. A expectativa é de uma nova queda de 15% nas vendas no próximo relatório trimestral.

Percepção dos usuários

Enquanto a Chegg busca se adaptar, muitos estudantes, como Ahmed Assalmi, expressam insatisfação com as soluções oferecidas pela empresa.

Assim, a preferência por plataformas como o ChatGPT cresce, evidenciando a necessidade de mudanças rápidas e efetivas por parte da empresa.

Mesmo assim, a Chegg afirma que 91% dos usuários estão satisfeitos. Schultz destaca a importância de oferecer serviços que vão além das respostas básicas, ao mirar um público que busca mais profundidade educacional.

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