Como os iglus têm interiores aquecidos se eles são feitos de gelo? Entenda!

Comuns no Ártico, os iglus servem de casa para esquimós e outros moradores das regiões extremamente frias há séculos. Mas, como eles retém o calor?

O Ártico, um dos lugares mais inóspitos da Terra, é caracterizado por temperaturas geladas que podem chegar a 20 graus abaixo de zero, uma temperatura na qual seria impossível sobreviver ao ar livre.

No entanto, para os habitantes das regiões polares, como os inuítes da Groenlândia, os iglus surgem como uma das melhores opções para garantir a sobrevivência durante os rigorosos invernos.

Mas como tais estruturas feitas 100% de gelo conseguem se manter quentes em meio a condições tão extremas? Afinal, aquecer as pessoas no interior da estrutura é sua principal funcionalidade.

Desvendado o segredo dos iglus

(Imagem: Unsplash/Reprodução)

A qualidade do material de neve é fundamental. Ele deve ser seco e firme o suficiente para ser cortado e moldado em blocos.

A construção começa com uma base circular ligeiramente inclinada para o interior, formando uma espiral que dá resistência à estrutura.

Os blocos de gelo e neve empregados na construção dos iglus são densos e têm uma estrutura cristalina que minimiza a transferência de calor.

Isso significa que o calor produzido pelos ocupantes do iglu é retido dentro da estrutura e o frio do exterior é mantido afastado.

Isso cria um isolamento térmico eficaz, ajudando a manter o interior aquecido, semelhante a um cobertor, que não gera calor próprio, mas impede que ele seja disperso no ar.

Para aquecer o ambiente interno, uma pequena lamparina a óleo é suspensa, mas deve ser usada com moderação para evitar que as paredes comecem a derreter.

Uma obra arquitetônica que é mais complexa do que parece

Para garantir uma circulação de ar adequada e evitar a condensação, os construtores fazem um pequeno duto de ventilação a cerca de três quartos da altura do iglu.

Esse duto não só permite a entrada de ar fresco, mas também serve como saída para o vapor produzido pela respiração dos moradores.

A construção do iglu segue uma espiral inteligente, na qual cada círculo de blocos é colocado em uma inclinação sutil para dentro, proporcionando resistência à estrutura.

O teto é então cuidadosamente montado, deixando apenas uma pequena abertura no topo da espiral, que é fechada com um pedaço de neve moldado.

Assim, os iglus se tornam refúgios eficazes contra o frio extremo do Ártico, permitindo que os povos locais enfrentem as adversidades climáticas e sobrevivam em meio ao gelo.

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