Como saber se a sua equipe está caindo no ‘task masking’? Fingir produtividade no escritório vira tendência
Geração Z adota o "task masking" como resistência à cultura corporativa rígida, viralizando no TikTok.
Nos últimos tempos, uma prática conhecida como “task masking” tem ganhado popularidade entre a geração Z, especialmente nas redes sociais. Essa tendência envolve táticas para parecer produtivo no ambiente de trabalho, mesmo que isso não reflita a realidade.
O fenômeno ganhou destaque no TikTok, onde jovens compartilham dicas sobre como simular um alto nível de atividade no escritório.
Embora a prática tenha surgido recentemente, ela já acumula mais de 1,1 milhão de visualizações em vídeos na plataforma. O movimento ganhou força após grandes empresas, como AT&T e Amazon, exigirem o retorno ao trabalho presencial.
Essas táticas se tornaram uma forma de resistência ao ambiente corporativo tradicional, que muitas vezes é acusado de ser inflexível.
Estratégias para parecer ocupado
Entre as estratégias mais populares, destaca-se a simulação de ligações importantes e o ato de caminhar pelo escritório com expressões faciais sérias. Confira as táticas mais comuns:
- Digitar com intensidade no teclado;
- Movimentar-se rapidamente pelo escritório com um laptop;
- Exibir expressões faciais sérias;
- Simular ligações importantes;
- Mover o mouse constantemente.
Essas práticas refletem a resistência à cultura de trabalho tradicional, que valoriza a presença física como sinônimo de produtividade.
Motivações e impactos do task masking
A geração Z vê o task masking como um meio de questionar o status quo e enfatizar a necessidade de um ambiente de trabalho mais flexível. Essa prática é também uma resposta à insatisfação diante do retorno ao presencial, que muitos consideram uma ameaça ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Pesquisas indicam que gestores e profissionais experientes também recorrem a táticas para parecer produtivos. Um estudo da Workhuman revelou que uma considerável porcentagem de executivos admite simular produtividade, demonstrando que o fenômeno não se limita aos jovens profissionais.
Possíveis soluções
Para superar esse desafio, especialistas sugerem a criação de uma cultura de segurança psicológica, na qual os profissionais se sintam confortáveis para expressar suas necessidades e limitações.
Lideranças mais transparentes e comprometidas com o bem-estar dos colaboradores podem ajudar a mitigar a falsa produtividade no ambiente de trabalho.
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