Criação rigorosa pode tornar filhos mais bem-sucedidos, mas bastante infelizes

Pesquisa aponta alguns resultados sobre a relação entre a criação paterna e felicidade.

O sonho da maioria dos pais é que os filhos sejam bem sucedidos, não é mesmo? Para isso, muitos deles investem em uma criação mais rigorosa, muitas vezes esquecendo partes importantes durante o crescimento das crianças, como o afeto e diálogo.

Quando isso acontece, segundo uma pesquisa feita pela universidade de Kobe, no Japão, a tendência é que essas crianças se tornem adultos infelizes.

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O preço de uma criação rígida

Segundo a pesquisa feita pelos japoneses, o modo como os pais escolhem criar seus filhos possui um impacto enorme na vida adulta desses jovens. Apesar de muitos deles conseguirem alcançar uma vida considerada de “sucesso” pela sociedade e familiares, é um processo que pode ser psicologicamente bem custoso, com o desenvolvimento de alguns transtornos, como fobia social, ansiedade e até depressão.

Como foi feita a pesquisa?

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a forma de paternidade e maternidade de mais de 5 mil famílias no país. Após coletar as informações, elas foram catalogadas, determinando seis tipos de pais: rígidos, indulgentes, apoiadores, ásperos, maleáveis e médios.

Através desses resultados e cruzamento de dados, os relatórios indicavam que os filhos de pais mais rígidos tendem a ser mais bem sucedidos, normalmente apresentando um alto nível de escolaridade e altos cargos em seus empregos. Porém, se tratando de humor e felicidade, alcançaram uma média muito baixa. Além disso, o nível de interesse dos pais por essas crianças também foram considerados baixíssimos.

Por que a rigidez pode tornar os filhos infelizes?

Segundo outras pesquisas, filhos de pais extremamente rígidos, comuns em algumas culturas ao redor do mundo, são muito mais propensos a desenvolver problemas de relacionamento, baixa autoestima e até dependência química. Isso acontece porque eles se tornam muito dependentes, comprometendo sua autonomia e fazendo com que eles executem apenas aquilo que os pais acharem melhor.

Claro, a disciplina ainda é importante, mas evitar o autoritarismo é mais ainda, pois pode acabar criando um adulto reprimido, incapaz de demonstrar suas emoções. Por conta disso, é fundamental encontrar um meio termo, demonstrando autoridade de maneira afetiva, sem impactar o direito à escolha do outro indivíduo.

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