Conexões que alimentam a alma: o papel transformador da convivência com crianças na vida dos idosos

Pessoas que estão na terceira idade costumam se sentir mais satisfeitos quando estão próximos de crianças, protegendo-se contra problemas mentais.

O envolvimento regular com crianças pequenas pode proporcionar aos adultos mais velhos um senso renovado de propósito e melhorar o seu humor, o que pode ajudar a proteger contra condições comuns de saúde mental.

À medida que envelhecemos, enfrentamos diversas mudanças e desafios em nossa vida. Em paralelo, a diminuição das capacidades físicas e a possibilidade de perder parte da independência, como ocorre ao mudar para uma residência assistida ou casa de repouso, podem aumentar o risco de desenvolver condições comuns de saúde mental, como depressão, transtorno de ansiedade generalizada e outros.

A interação regular com crianças pequenas pode ser um antídoto poderoso para combater essas condições. Ao interagir com os pequenos, os adultos mais velhos podem experimentar uma sensação de propósito renovada, à medida que compartilham conhecimentos, habilidades e histórias de vida com elas.

Essa conexão intergeracional pode fornecer uma fonte significativa de alegria, satisfação e senso de pertencimento, estimulando a mente dos adultos mais velhos, incentivando a criatividade, o pensamento positivo e a resiliência emocional.

Os fatores positivos podem ter um impacto direto na saúde mental, ajudando a reduzir os sintomas da depressão e da ansiedade.

Ilustrando esses fatos, a PLOS ONE publicou um novo estudo que examina os efeitos das interações com crianças pequenas na saúde mental de idosos que residem em casas de repouso na África do Sul. Confira mais detalhes a seguir!

A relação entre crianças e idosos e a melhora na saúde mental

Ao observar os residentes das casas de repouso e sua interação com crianças, os pesquisadores analisaram os efeitos dessa interação nas condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e solidão.

O estudo realizado contou com a participação de 10 mulheres com mais de 60 anos, sendo metade delas na faixa etária entre 80 e 89 anos.

Essas mulheres foram selecionadas de uma variedade de contextos socioeconômicos e culturais para representar uma amostra diversificada.

A pesquisa foi conduzida em um lar residencial que, em 2018, instalou uma ludoteca, um espaço dedicado às atividades lúdicas, que permitiu a realização de sessões interativas regulares e não obrigatórias entre os residentes e crianças de três a cinco anos de idade.

As entrevistas realizadas revelaram que as interações com as crianças proporcionaram aos residentes do lar de idosos uma sensação de pertencimento à comunidade ou, até mesmo, a uma família. Participar dessas interações fez com que se sentissem parte ativa da vida das crianças e da sociedade em geral.

Além disso, essas interações deram um sentido de propósito aos idosos. Eles experimentaram a sensação de que estavam contribuindo de maneira valiosa para a comunidade, desempenhando um papel ativo no crescimento e desenvolvimento das crianças.

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