Redução de 25% do IPI tem efeitos no preço de celulares, eletrodomésticos e carros

O Governo Federal anunciou no final de fevereiro a redução de 25% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Com isso, produtos como carros e eletrônicos devem ficar mais baratos. Contudo, os cigarros não estão contemplados com a medida. Desse modo, é esperado um impacto positivo na economia do país.

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Tentativa de impulsionar a economia

Com a medida, há uma expectativa de que aumentem as vendas dos produtos da linha branca (geladeira, fogão, micro-ondas etc.) e automóveis. Porém, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 19,5 bilhões neste ano e R$ 22,5 bilhões em 2024.

Metade desse valor irá desfalcar o caixa da União, enquanto a outra metade irá impactar os estados e municípios. Por essa razão, alguns estados já se mostraram contrários à iniciativa, com a alegação de que já foram tomadas medidas do tipo anteriormente sem sucesso.

300 mil empresas podem receber o benefício

Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, 300 mil empresas devem ser beneficiadas com a medida. Ainda de acordo com o titular da pasta, a redução marca o início de um período de reindustrialização no Brasil.

Forma de atenuar o impacto da inflação

O ministério também defendeu que a ação pode ser uma opção para diminuir os efeitos da inflação. Por outro lado, a medida pode ser, ainda, uma resposta para a pressão por cortes nos impostos relacionados aos combustíveis.

Arrecadação de tributos federais bateu recordes em 2022

De acordo com a Secretaria Geral da Presidência da República, em janeiro de 2022 houve recorde na arrecadação de tributos federais. Por isso, há espaço para viabilizar a redução do IPI no intuito de aquecer a economia e incentivar tanto a indústria quanto o comércio.

Qual o real ganho com a redução de 25% do IPI?

Segundo Robson de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida vai diminuir a carga tributária para o setor e também os preços dos produtos industriais, o que será benéfico.

Conforme cálculos do Ministério da Economia, a ação será responsável por injetar R$ 467 bilhões no PIB em 15 anos e R$ 314 bilhões em investimentos no mesmo espaço de tempo. Contudo, economistas de fora do governo alertam que a redução do IPI pode representar um risco para os cofres públicos, além de não ter eficácia para a reindustrialização.