Conheça a tecnologia que rejuvenesce a pele em 30 anos
Com o avanço da tecnologia, estudos prometem revolucionar a medicina regenerativa.
Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, rejuvenesceram com sucesso as células da pele de uma mulher de 53 anos durante um período de 30 anos. Os pesquisadores acreditam que, usando a mesma técnica, poderiam reproduzir esse resultado em outras partes do corpo. Essa tecnologia é fundamental para prevenir e tratar algumas doenças relacionadas à idade. Confira mais detalhes!
Leia mais: Alimentos e hábitos que ajudam a retardar o envelhecimento
Técnicas da criação da Ovelha Dolly
A pesquisa foi publicada na revista científica eLife por estudiosos europeus (alemães, portugueses e britânicos) do Babraham Institute for Epigenetics, em Cambridge. Essa técnica é baseada na tecnologia que foi usada para criar Dolly the Sheep, a ovelha que foi clonada no Reino Unido há mais de 25 anos.
Com essa tecnologia, a ideia é que se desenvolvam tratamentos para doenças causadas pelo avanço na idade, como diabetes, doenças cardíacas e distúrbios neurológicos.
Transformar células normais em células-tronco
As células-tronco aparecem nos estágios iniciais de um embrião e podem se transformar em todos os tipos de tecidos do corpo humano. No entanto, em laboratório, apenas alguns tipos são reprogramados, como fibroblastos ou células da pele.
Depois de clonar Dolly, em 2007 o cientista Shinya Yamanaka aprendeu a transformar células normais em células-tronco, capazes de se transformar em qualquer tipo de célula em menos tempo. Esse procedimento levou 50 dias e usou uma molécula chamada fator Yamanaka.
Além disso, os cientistas do Instituto Babraham criaram uma nova metodologia. Neste caso, os fibroblastos foram expostos a esses fatores apenas por 13 dias. Como resultado, eles perdem os marcadores do envelhecimento, porém mantêm as funções das células da pele.
Em seguida, eles buscaram por alterações nos marcadores de envelhecimento (algumas características químicas e genéticas). Por essas medidas, as células observadas eram parecidas em aparência e função às células de pessoas com 23 anos de idade.
Cuidado! Aumenta o risco de câncer
Atualmente, a tecnologia não pode ser testada clinicamente porque aumenta o risco de câncer. Porém, os cientistas acreditam que, à medida em que a tecnologia avançar, será possível usá-la para melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Comentários estão fechados.