Conheça os 4 estilos de paternidade e como cada um influencia as crianças

Explorar essas abordagens ajuda a entender como cada estilo parental beneficia (ou prejudica) o desenvolvimento dos filhos.

A maneira como os pais interagem e educam seus filhos desempenha um papel crucial no desenvolvimento emocional e psicológico das crianças.

Não existe uma fórmula mágica para a paternidade perfeita, mas diversos pesquisadores identificaram e têm estudado quatro estilos parentais predominantes.

Dentre esses pesquisadores, podemos citar grandes referências da área, como a Dr.ª Katherine Maria Solis Cordero e a Prof.ª Dr.ª Elizabeth Fujimori, ambas atuantes na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), que criaram um programa remoto focado em parentalidade e desenvolvimento infantil.

Iniciativas como essa são cruciais para a compreensão desses estilos e suas consequências, a fim de auxiliar os pais a criarem um ambiente mais saudável e propício para seus filhos.

Dito isso, sabe-se que os principais estilos de paternidade são: autoritário, democrático, permissivo e não envolvido.

Cada um desses estilos possui características únicas que podem afetar de maneira distinta a formação e o comportamento das crianças.

Vamos explorá-los em detalhes, destacando suas implicações na vida dos filhos.

Imagem: reprodução

1. Paternidade democrática

O estilo democrático, também conhecido como “autoritário com afeto”, é caracterizado pela combinação de regras claras com um ambiente acolhedor e amoroso.

Pais democráticos estabelecem limites, mas também são receptivos às necessidades e opiniões dos filhos. Eles incentivam a comunicação aberta e a tomada de decisões conjunta.

Crianças criadas nesse ambiente tendem a ser mais autoconfiantes, responsáveis e capazes de lidar com desafios de forma saudável. A interação positiva e o suporte emocional fornecem uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

2. Permissiva

Os pais permissivos adotam uma abordagem mais indulgente, oferecendo poucas regras e limites para os filhos.

Eles tendem a ser carinhosos e aceitam o comportamento das crianças sem impor muitas restrições. Embora essa abordagem possa criar um ambiente de amor e aceitação, ela também pode levar à falta de disciplina.

Crianças criadas em um ambiente permissivo podem ter dificuldades em seguir regras e lidar com frustrações. A ausência de limites claros pode resultar em comportamentos impulsivos e dificuldade em aceitar responsabilidades.

3. Autoritária

A paternidade autoritária é marcada por regras rígidas e alta exigência. Pais autoritários esperam obediência sem questionamentos e utilizam punições severas para manter a disciplina. A comunicação é normalmente unilateral, com pouco espaço para diálogo ou expressão dos sentimentos das crianças.

Embora esse estilo possa resultar em um comportamento altamente disciplinado, ele também pode gerar baixa autoestima, problemas de socialização e uma tendência à rebeldia. As crianças podem crescer com medo de errar e dificuldade em tomar decisões independentes.

4. Ausente (não envolvida)

Os pais ausentes, não envolvidos ou indiferentes, demonstram pouco interesse ou investimento na vida dos filhos. Eles oferecem escasso suporte emocional e são frequentemente ausentes, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Esse estilo se caracteriza pela negligência, com poucas interações significativas entre pais e filhos.

Crianças criadas nesse contexto podem enfrentar sérias dificuldades emocionais e comportamentais. A falta de atenção e apoio pode resultar em problemas de autoestima, desempenho acadêmico deficiente e dificuldades em formar relacionamentos saudáveis.

Afinal, existe o ‘melhor’ estilo?

Dentre os estilos discutidos, o democrático é amplamente considerado o mais equilibrado e benéfico para o desenvolvimento das crianças. Ele combina o melhor dos mundos: disciplina e carinho.

Ao estabelecer regras claras e promover um ambiente de comunicação aberta, os pais democráticos ajudam os filhos a desenvolver autoconfiança, responsabilidade e habilidades sociais.

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