Conheça os BRILHANTES cientistas brasileiros que QUASE ganharam o prêmio Nobel
Apesar de nunca terem sido laureados, essas figuras desempenharam um papel crucial e de grande peso para a ciência no Brasil e no mundo.
Na verdade, em seus mais de cem anos de história, o Prêmio Nobel nunca prestigiou um brasileiro em suas seis categorias reconhecidas — Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e Economia —. Porém, o país já teve nomes considerados.
Dentre eles, o físico César Lattes destaca-se por ter sido indicado sete vezes, entre 1950 e 1956, pela sua descoberta da partícula méson pi.
Em 1950, o prêmio Nobel de Física foi concedido ao britânico Cecil Powell, que liderava o grupo de pesquisa da Universidade de Bristol.
O reconhecimento foi pelo “desenvolvimento do método fotográfico de estudo dos processos nucleares”, além da descoberta das partículas mésons por este método.
Entretanto, a identificação da subpartícula méson pi, crucial para a estrutura nuclear, é uma conquista atribuída a Lattes, membro da equipe de Powell. Tal situação gerou debates sobre a ausência do reconhecimento direto ao cientista brasileiro pela academia Nobel.
Cientistas brasileiros tiveram destaque nas indicações ao Prêmio Nobel
César Lattes, em 1947, não só descreveu a partícula méson pi em um artigo na renomada revista Nature, como também pavimentou o caminho para o novo campo de estudos em física das partículas elementares.
A saúde pública brasileira também teve seus destaques: Manoel de Abreu, com três indicações à categoria de Medicina, revolucionou o diagnóstico precoce da tuberculose com a invenção da abreugrafia.
A técnica provou ser uma solução econômica e eficiente, resultando em uma redução drástica das mortes pela doença.
O sanitarista Carlos Chagas, com duas indicações, é mundialmente reconhecido por identificar o ciclo completo da malária e da doença de Chagas.
O físico César Lattes. (Imagem: Arquivo Nacional/Reprodução)
Em 1983, o físico Mario Schenberg, um pilar da física teórica brasileira e colaborador de grandes mentes como Enrico Fermi, foi indicado ao Nobel. Mas, naquele ano, Subrahmanyan Chandrasekhar, um de seus colegas, foi agraciado com o prêmio.
A produção agrícola global também deve muito ao Brasil. Johanna Dobereiner, indicada em 1997, é a força por trás da revolução na produção de alimentos. Seus estudos fundamentaram o Programa Nacional do Álcool e impulsionaram o cultivo de soja.
O ecossistema brasileiro teve um defensor em Otto Gottlieb. Indicado em 1999, seus estudos sobre a estrutura química das plantas são vitais para a preservação ambiental.
Apesar de suas imensas contribuições, nomes como Vital Brazil, pioneiro em soros antiofídicos, e Oswaldo Cruz, que liderou a erradicação de diversas doenças, nunca foram formalmente indicados ao Nobel.
A descoberta de um composto vasodilatador no veneno da jararaca pelos médicos Maurício Silva e Sérgio Ferreira também os colocou em destaque, embora não tenham sido nomeados para a disputa.
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