Maior clone do mundo: conheça os prados de capim-marinho que podem ser imortais

Cientistas australianos identificaram o que pode ser o maior clone do mundo: uma rede de prados de capim-marinho que cobre por volta de 200 quilômetros quadrados e pode ser imortal. O campo submarino é referente a uma planta que está se autorreplicando continuamente ao longo de aproximadamente 4.500 anos.

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Clones

Os clones estão entre nós há bastante tempo, uma vez que a natureza os fabrica há milhares de anos. Clone é uma palavra que tem origem do grego klon, que significa broto vegetal. Nesse sentido, a palavra foi criada para denominar os indivíduos que se originam de outros através da reprodução assexuada, muito comum entre vegetais.

Maior clone do mundo: conheça o Posidonia australis

O enorme campo submarino tornou-se conhecido enquanto cientistas pesquisavam a diversidade genética de capim-marinho em Shark Bay, um domínio marinho de águas rasas, situado na Austrália Ocidental. A partir da pesquisa, eles descobriram que praticamente todos os prados de fita (Posidonia australis) localizados na região são geneticamente idênticos.

Posteriormente as análises indicaram que, ao contrário dos outros capins-marinhos da região, que se reproduzem sexualmente, o P. australis está se clonando por intermédio de uma rede subterrânea de raízes que se ramificam.

Quando são vistos da superfície — neste caso, o fundo do mar arenoso — os aglomerados de capim-marinho aparentam ser espécimes separados. No entanto, em nível genético, são basicamente a mesma planta.

De acordo com os pesquisadores, existe a possibilidade de que os prados de P. australis tenham sido totalmente conectados anteriormente e, com o passar do tempo, foram sendo fragmentados pela pastagem dos animais marinhos ou por possíveis ondas extremas de calor.

Importância do prado de capim-marinho

Os prados marinhos são um valioso recurso, uma vez que, além de contribuir para a estabilidade do substrato marinho, para a retenção de sedimentos, absorver nutrientes e fornecer alimento, também suportam comunidades bastante diversas de macroinvertebrados e peixes ao redor de todo o mundo.