Conheça Washoe, a primeira chimpanzé a aprender a linguagem humana de sinais

Além de ter aprendido a linguagem de sinais americana, a chimpanzé conta uma história de vida de muita resistência e superação. Veja!

A atração do ser humano pela comunicação animal é notável, abrangendo desde golfinhos até cães e gatos. Essa curiosidade se baseia na possibilidade de estabelecer conexões entre as linguagens dos animais e a linguagem humana.

Dentro dessa perspectiva, uma área de pesquisa particularmente relevante e promissora é a que se concentra nos primatas, um grupo único entre os não humanos, que tem a habilidade de aprender a linguagem humana.

Entre as histórias mais emblemáticas que surgem dessa linha de investigação, destaca-se a notável trajetória de Washoe.

Ela se tornou o primeiro chimpanzé a adquirir a capacidade de compreender e utilizar a Língua Americana de Sinais (ASL, em sua sigla original).

Numa conquista extraordinária, Washoe chegou a dominar cerca de 250 sinais, abrindo uma janela de compreensão entre as espécies que, até então, pareciam inatingíveis.

A história de Washoe

(Imagem: PeakPx/Domínio Público/Canaltech)

Originária do oeste africano, a fêmea de chimpanzé veio ao mundo em setembro de 1965. Contudo, sua entrada no cenário humano foi marcada por uma trajetória dolorosa.

Capturada na natureza, a provável perda de sua mãe torna-se um triste indício, já que ela acabou sendo vendida a um traficante de animais antes de cair nas mãos de militares estadunidenses.

Em solo americano, sua história tomou um rumo inesperado. Encontrou um novo lar nas mãos do casal de cientistas Allen e Beatrix Gardner, que a “adotaram” para suas pesquisas.

A partir de 21 de junho de 1966, essa chimpanzé passou a contribuir ativamente nos estudos do casal, abrindo portas para uma compreensão mais profunda do potencial de comunicação entre as espécies.

Os dois tutores de Washoe eram pesquisadores especialistas em cognição. Criaram um chimpanzé no ambiente de seu próprio jardim, onde a orientaram e incentivaram a aprender a linguagem de sinais da mesma forma que ensinariam a uma pessoa surda.

Como resultado dessa abordagem, a fêmea tornou-se um marco, alcançando o título de primeiro animal a aprender a Língua Americana de Sinais (ASL).

O sucesso dessa empreitada científica foi amplamente divulgado com a publicação de uma pesquisa sobre o caso na revista científica Science, em agosto de 1969.

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