Contracultura – O que é, Histórico e Influência
Em grande parte do mundo ocidental, uma revolução generalizada contra normas e convenções estabelecidas se espalhou nos anos 60.
A contracultura refere-se a um movimento que está em oposição à cultura dominante (ou popular). A contracultura é frequentemente expressa através de protestos, a rejeição de uma maneira antiga de fazer as coisas em favor de novos métodos e, em cenários extremos, a criação de uma cultura divergente à cultura existente.
Antecedentes
A contracultura foi um movimento que se espalhou pelo mundo ocidental nos anos 60 e envolveu grandes grupos de pessoas, predominantemente jovens, que rejeitaram muitas das crenças comumente mantidas pela sociedade em geral.
Esta rejeição foi frequentemente mostrada na forma de protestos não violentos. O tema desses protestos incluiu a segregação racial, a pobreza generalizada, a poluição ambiental causada pela rápida industrialização e a discriminação de grupos minoritários.
Os jovens também lutaram pela liberdade de expressão e liberdade de reunião. O surgimento da televisão como fonte de informação e entretenimento alimentou essa mudança cultural, assim como os livros “On the road – Pé na Estrada” e “Um Estranho no Ninho”, e as músicas das bandas Jefferson Airplane e Beatles.
Alcance
Os envolvidos no movimento da contracultura conseguiram pôr fim à censura restritiva de filmes e outras produções da mídia de massa. Como resultado, os cineastas fizeram produções sobre assuntos que antes eram proibidos, trazendo mudanças para a grande mídia.
Tendências da moda e penteados também evoluíram rapidamente ao longo deste tempo. Os jovens foram rápidos em adotar novas tendências, enquanto os mais velhos estavam hesitantes, o que levou a um “conflito entre gerações”.
Neste momento, uma cultura de drogas também surgiu, particularmente entre os jovens. Devido a essa razão, entre outros, policiais e estudantes muitas vezes se chocaram durante esse período.
Guerra do Vietnã
Aqueles envolvidos no movimento da contracultura dos anos 60 se envolveram em um longo protesto contra a Guerra do Vietnã. O movimento se espalhou da América para a Europa Ocidental nas cidades de Paris, Londres, Amsterdã, Roma e Berlim Ocidental.
Na Europa, os propagandistas da contra-cultura criaram sua própria moda, música, revistas e estilo de vida. O movimento na França envolveu estudantes que quase derrubaram o governo em maio de 1968.
Na República Tcheca, os jovens mantinham cabelos compridos, um sinal de rebeldia na época. Os jovens eram vistos como desleixados e foram banidos da maioria dos lugares sociais. Em alguns casos, milhares de jovens de cabelos longos foram presos e obrigados a cortar os cabelos.
Revistas satíricas surgiram na Austrália na década de 1960, algumas das quais publicaram conteúdo obsceno e foram submetidas a julgamento. No México,
Conquistas
O surgimento da televisão como fonte primária de notícias, informação e entretenimento, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, juntamente com uma expansão maciça do consumismo, levou ao crescimento da publicidade televisiva.
Esses se tornaram componentes importantes no desenvolvimento e na disseminação da contracultura. Os anúncios criaram desilusão entre a geração jovem, particularmente nos Estados Unidos, assim como formularam novos comportamentos sociais.
As agências de publicidade também estavam cortejando o mercado jovem da época, enquanto a cobertura de notícias das imagens horripilantes da Guerra do Vietnã trouxe a realidade do conflito para as salas de estar pela primeira vez. A difusão do Cinema e do Rádio também ajudou a difundir a cultura da época para diferentes partes do mundo.
Desafios e Controvérsias
O movimento da contracultura encontrou resistência por parte das autoridades policiais, bem como pelas gerações mais velhas. Inúmeros protestos ocorreram em diferentes cidades envolvendo a polícia e os propagadores da contracultura.
Na maioria dos casos, a cultura adotada recentemente era inaceitável e, portanto, proibida. Muitos ativistas e estudantes envolvidos no movimento da contracultura foram presos.
Legado
O movimento da contracultura teve uma influência significativa e duradoura na música, moda, literatura e arte do mundo ocidental. O movimento abordou alguns tópicos tabus, como homofobia, xenofobia e racismo.
Como resultado, a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) ganhou maior aceitação, e as relações entre pessoas do mesmo sexo foram eventualmente legalizadas na maioria dos estados dos Estados Unidos (embora várias décadas depois).
A segregação racial foi abolida na maioria dos estados após os protestos não violentos da contracultura. Outros aspectos do movimento da contracultura foram assimilados na cultura dominante e deixaram de ser tabus.
O movimento de contracultura dos anos 1960 desempenhou um papel fundamental na formação da sociedade moderna. Isso levou ao crescimento da indústria da música e em uma sociedade menos conservadora e mais liberal.
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