Controle de pandemias: OMS estabelece rede global de vigilância de patógenos
OMS cria rede global para compartilhar dados e conhecimentos acerca de possíveis doenças. Dessa forma, países terão maior controle.
Antes do início da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), que ocorrerá até 30 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou uma iniciativa inovadora. Trata-se do lançamento de uma rede global dedicada à prevenção de doenças, conhecida como Rede Global de Vigilância de Patógenos.
A Rede Internacional de Vigilância de Patógeno utiliza dados genômicos de agentes patogênicos como base de sua plataforma, analisando o código genético de vírus, bactérias e outros microrganismos.
Essa abordagem visa obter um melhor entendimento das características das infecções, incluindo sintomas, mecanismos de transmissão e riscos para a saúde.
OMS e o monitoramento de prevenções a doenças com potencial pandêmico
O principal propósito é aprimorar os sistemas de coleta de amostras, aproveitando dados relevantes para embasar políticas públicas e tornar mais fácil o processo de tomada de decisões por parte dos gestores.
Além disso, busca-se uma disseminação mais ampla de informações entre a comunidade científica, visando o compartilhamento de conhecimentos valiosos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou a importância da preparação dos países para enfrentar novas emergências sanitárias durante seu discurso no evento ocorrido na segunda-feira, 22.
Adhanom enfatizou que há uma preocupação contínua com o surgimento de novas variantes capazes de desencadear surtos de doenças e provocar óbitos. Ressaltou, também, a possibilidade de surgimento de patógenos emergentes ainda mais perigosos, piores do que a Covid-19.
Ele destacou que as pandemias não são a única ameaça que enfrentamos, considerando um mundo afetado por múltiplas crises interligadas.
Nesse contexto, ressaltou a importância de uma estrutura eficiente de preparação e resposta a emergências de saúde que seja capaz de abordar diferentes tipos de emergências.
A OMS destaca que cientistas e especialistas em saúde pública poderão utilizar essas informações para identificar e rastrear doenças, permitindo uma melhor prevenção e resposta a surtos por meio de um sistema abrangente de vigilância.
Além disso, a rede também visa facilitar o desenvolvimento de tratamentos e vacinas com base nos dados coletados.
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