Coreia do Sul paga US$ 500 a jovens para restaurar rotina diária de escola e trabalho

Há uma certa quantidade de jovens na Coreia do Sul que estão reclusos e não mantém interação com a sociedade. Entenda o caso!

Para enfrentar o desafio dos jovens sul-coreanos que se encontram em situação de isolamento social, o governo está adotando uma abordagem experimental.

Uma emenda legislativa recentemente anunciada pelo gabinete do presidente Yoon Suk Yeol propõe oferecer aos chamados “jovens reclusos“, também conhecidos pelo termo de origem japonesa chamado “hikikomori“, uma ajuda de custo regular na esperança de incentivá-los a se reintegrarem à sociedade.

Além de receberem uma doação mensal de US$ 500, esses jovens também terão acesso a apoio adicional para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Essa iniciativa visa fornecer suporte financeiro e recursos necessários para que esses jovens superem sua condição de isolamento e encontrem oportunidades de crescimento e participação ativa na comunidade.

Especialistas afirmam que a decisão da Coreia do Sul de fornecer ajuda aos jovens cidadãos solitários não reflete um aumento significativo de problemas sociais, mas sim uma indicação de um sistema de bem-estar em desenvolvimento.

Apesar de ser uma das economias mais avançadas do mundo, a Coreia do Sul reconhece a importância de abordar as necessidades de grupos vulneráveis dentro da sociedade.

Coreia do Sul amplia apoio aos jovens que não saem de casa

O apoio financeiro e o suporte adicional oferecidos aos chamados “jovens reclusos” são vistos como parte de um esforço para fortalecer o sistema de bem-estar do país e garantir que todos os cidadãos tenham oportunidades de prosperar.

Essa iniciativa reflete uma abordagem progressiva e uma preocupação com o bem-estar geral da população em busca de um equilíbrio social mais justo e inclusivo.

De acordo com um estudo financiado pelo governo do Instituto Coreano de Saúde e Assuntos Sociais, aproximadamente 3,1% das pessoas na faixa etária de 19 a 39 anos na Coreia do Sul sofrem de isolamento social. Esse número representa cerca de 338.000 indivíduos.

Além disso, um artigo do Korea Youth Counseling and Welfare Institute, também financiado com recursos públicos, revelou que 40% dos jovens categorizados como reclusos na faixa etária de 19 a 29 anos relataram que sua reclusão teve início na adolescência.

Há um histórico diferente que justifique cada reclusão desse público.

O relatório do ministério destaca um estudo de caso que evidencia as razões por trás do isolamento social de jovens. Em um caso específico, um jovem de 17 anos, que teve a identidade preservada, enfrentava isolamento social devido à violência doméstica e depressão.

Esse indivíduo tinha dificuldades em sair de casa, fazer contato visual com outras pessoas e passava a maior parte do tempo dormindo. Em outro caso, um jovem estudante enfrentava um sentimento de mal-estar que foi agravado por tentativas de obrigá-lo a retornar à sala de aula.

Esses exemplos ilustram os diversos fatores complexos que contribuem para o isolamento social e destacam a importância de fornecer suporte sensível e adequado para lidar com as questões subjacentes.

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