Crianças prematuras que passam mais tempo recebendo leite materno são mais inteligentes

Um estudo avaliou o desempenho acadêmico de crianças prematuras e associou o maior tempo de aleitamento a maior inteligência.

O leite materno apresenta inúmeros benefícios para os bebês. Por essa razão, o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os primeiros seis meses de vida. Nesse sentido, um estudo recente apontou que crianças prematuras amamentadas por mais tempo são mais inteligentes. Acompanhe este artigo e entenda melhor essa relação.

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Leite materno – Qual a sua importância?

O leite materno é espécie-específico, em outras palavras, ele contém tudo que o bebê precisa e nas quantidades corretas, diferente do leite de vaca, que é específico para o bezerro e, por isso, não tem o mesmo efeito para seres humanos. É por esse motivo que as fórmulas infantis só devem ser utilizadas em situações muito particulares.

Bebês prematuros têm necessidades nutricionais diferentes de crianças que nascem no período adequado (entre 37 e 42 semanas gestacionais) e o leite materno é capaz de se moldar a isso. Este líquido de “ouro” contém a quantidade exata de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais que o neném prematuro precisa.

Estudo aponta que bebês prematuros amamentados por mais tempo são mais inteligentes

Crianças prematuras podem sofrer com um certo atraso no desenvolvimento cognitivo e muitas delas são mais propensas a desenvolver déficit de atenção. Contudo, um estudo publicado em julho na revista JAMA Network Open indicou que crianças prematuras amamentadas ao seio por mais tempo possuem melhor desempenho acadêmico.

Os pesquisadores descobriram que o maior tempo de aleitamento materno teve associação com um QI mais elevado e maiores pontuações em leitura e matemática. Além disso, os pais das crianças investigadas relataram menos sinais de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) para elas.

A ingestão de leite materno por até 18 meses de idade também mostrou associação positiva em relação a leitura, gramática e matemática. Um outro achado importante do trabalho é que essas associações foram maiores para crianças nascidas em idades gestacionais mais baixas, sobretudo para as que nasceram com menos de 30 semanas de gestação.

O aleitamento materno deve ser o único alimento dos bebês até os seis meses de idade, pois é completo, nem mesmo água é necessário ofertar durante esse período. Apenas aos seis meses deve ser iniciada a introdução da alimentação complementar. Busque sempre acompanhamento nutricional para orientações mais adequadas!

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