Cura ou remissão? Entenda as diferenças entre as duas condições no câncer
Ambos os termos são caracterizado pela ausência de tumores no corpo, mas há diferença. Entenda.
A maioria das doenças que acometem os seres humanos têm cura – salvo aquelas que são crônicas, com as quais há tratamento e manutenção. No entanto, quando falamos sobre câncer, podemos falar sobre cura ou remissão.
Estes dois termos podem significar a mesma coisa, mas não são exatamente a mesma coisa.
Ué… Como assim? Tem ou não tem diferença entre cura e remissão do câncer?
Neste momento, você pode deve estar fazendo careta, com uma expressão bem confusa no rosto. Mas vamos explicar melhor.
Em entrevista ao G1, o professor titular de hematologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Rodrigo Calado, fala-se em cura quando o câncer foi totalmente erradicado. No entanto, esta só é uma confirmação após cinco anos. Até lá, fala-se em remissão.
“Remissão é quando o câncer não é mais detectado por nenhum exame. Pode ser que [o paciente] tenha sido curado, porém pode ser que [o tumor] tenha reduzido muito e os métodos disponíveis não conseguem detectá-lo”, explicou o docente.
Agora ficou mais claro, não é mesmo?
Por isso, explica o professor, é importante que o paciente continue fazendo exames regulares para acompanhar sua situação. E o médico que acompanha o caso deve ficar atento a qualquer novo tumor, por menor que seja.
E o depois?
Também ao G1, o professor de hematologia, hemoterapia e terapia celular da Faculdade de Medicina da USP, Vanderson Rocha, explicou que quando o câncer entra em remissão, o paciente deve ter alguns cuidados. Inicialmente, o primeiro passo é fazer exames de três em três meses, em um primeiro momento.
Depois, de quatro em quatro, seis em seis e, por fim, uma vez por ano.
Logo depois, de acordo com o docente, deve-se ter cuidado com infecções. Mas, tirando isso, pode-se ter uma vida normal.
“Depende muito do tipo de tratamento, mas, geralmente, três meses depois de remissão é vida normal”, disse, pontuando que casos mais delicados, como transplante de medula óssea, o ideal é seis meses de algumas restrições. “[Depois desse período], é vida normal, fazer tudo o que quer, com moderação”, finalizou.
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