Arqueólogos conseguem decodificar língua antiga do povo Amorreu

As tábuas com os escritos nessa língua antiga foram descobertas na região do Iraque, na década de 1980.

Nos últimos anos, tem sido possível descobrir mais detalhes sobre as civilizações antigas por meio de novas descobertas arqueológicas. Por exemplo, uma das novas conquistas é a decodificação de um idioma antigo que data de 4 mil anos.

A descoberta desse idioma não mais falado é dos anos de 1980, mas a tradução demorou 30 anos para ser concluída.

O processo de decodificação de um idioma antigo

A tradução de idiomas antigos é um verdadeiro desafio, visto que muitas vezes se trata de uma língua que não mais usada em nenhum outro lugar do mundo. Para resolver essa questão, os arqueólogos buscam entender a família de línguas à qual esse idioma pode pertencer. Então, inicia-se um trabalho criterioso de tradução.

No caso, as tábuas com esse idioma antigo ao qual nos referíamos pertenciam aos Amorreus, um povo nômade que viveu na região da Mesopotâmia séculos antes de Cristo. Para traduzir a obra, foi necessário recorrer a estratégias pontuais, como a tradução para o acádio, que era uma língua semítica da mesma família.

Os arqueólogos começaram a estudar as antigas tábuas de argila em 2016 e descobriram que eles contêm detalhes em acadiano da língua amorreia “perdida”. (Foto: David I. Owen)

A partir de então, foram necessárias algumas décadas até que houvesse uma resposta sobre o que de fato diziam os escritos. Desde 1980 houve o esforço de equipes de arqueólogos e, recentemente, a tradução foi publicada na revista científica Reuve D’asssyriologie et D’árchépçpgoe Orientale. Mas o que será que diziam esses escritos?

O que estava escrito nas tábuas?

A comunidade científica celebrou muito a nova descoberta, que se deu pelo esforço de arqueólogos e cientistas da Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. Nessa descoberta foi possível encontrar diversos vocábulos e gramáticas inteiramente inéditas para a nossa civilização.

Quanto ao conteúdo da mensagem, os estudiosos chegaram à conclusão de que se tratava de uma espécie de guia sobre o próprio idioma. O texto seria uma espécie de apresentação da língua para todos aqueles que desejassem aprendê-la.

Ademais, também trazia comparações entre os deuses da época, instruções sobre cerimônias religiosas, como sacrifícios aos deuses, e até mesmo mensagens de amor em forma de verso.
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