Demência precoce: conheça os sinais e veja quais são os 14 fatores de risco
A demência não é uma doença que atinge apenas pessoas de mais idade. O número de pessoas, com menos de 65 anos, diagnosticadas com a doença cresce a cada ano.
Você sabia que a demência, frequentemente associada ao envelhecimento, também pode afetar pessoas jovens? Este fato é parte de uma realidade desafiadora que a demência precoce apresenta. Comumente caracterizada pela degeneração crônica, global e, em grande parte dos casos, irreversível da cognição, a demência não é uma condição exclusiva de pessoas de mais idade.
Em países desenvolvidos, estima-se que entre 40 e 100 indivíduos em cada 100 mil, com menos de 65 anos, enfrentam essa condição.
Sinais e sintomas: o que observar?
Detectar a demência em seus estágios iniciais pode ser vital para o tratamento adequado. Confira alguns dos sinais mais comuns:
- Perda de memória: Especialmente a memória de curto prazo, um dos primeiros indícios da doença.
- Dificuldade com tarefas cotidianas: Há uma queda na capacidade de realizar atividades que antes eram fáceis.
- Problemas de linguagem: Dificuldades em encontrar palavras ou formar frases coerentes.
- Desorientação temporal e espacial: Perda da noção de tempo e dificuldade em navegar mesmo em locais familiares.
- Alteração no julgamento: Problemas em tomar decisões ou julgar situações adequadamente.
- Mudanças de comportamento: Retraimento social, apatia ou irritabilidade são alterações notáveis.
- Problemas de concentração: Dificuldades em se concentrar, planejar ou organizar.
- Esquecimento de objetos: Perder frequentemente objetos comuns como chaves ou óculos.
À medida que se observa os sintomas da demência, emerge um padrão bastante complexo e que ultrapassa a simples perda de memória. Cada um dos sinais, seja a dificuldade em realizar tarefas cotidianas ou as alterações no julgamento, reflete um aspecto da deterioração cognitiva. Dessa forma, é preciso estar de olho em algumas questões de saúde e ambientais que podem levar ao desenvolvimento da demência.
Fatores de risco: O que contribui para a demência precoce?
Um estudo recente revelou 14 fatores de risco para demência precoce, desafiando a crença de que a genética é o único fator determinante. Estes incluem:
- Baixo nível de escolaridade formal;
- Baixo status socioeconômico;
- Presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4;
- Transtornos por uso de álcool;
- Isolamento social;
- Deficiência de vitamina D;
- Níveis elevados de proteína C-reativa;
- Menor força de preensão manual;
- Deficiência auditiva;
- Hipotensão ortostática;
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Diabetes;
- Doença cardíaca;
- Depressão.
Estas transformações no comportamento e na função cognitiva têm implicações significativas na independência e na qualidade de vida dos afetados. Sendo assim, a identificação precoce desses sintomas é extrema importância, permitindo intervenções mais eficazes que podem retardar a progressão da doença e otimizar os cuidados.
Por outro lado, a compreensão dos fatores de risco associados à demência precoce abre caminhos para que a medicina desenvolva estratégias preventivas e tratamento mais eficazes, sugerindo mudanças no estilo de vida e intervenções na saúde, as quais podem ter um impacto positivo na prevenção ou no atraso do surgimento da doença.
* Fontes: Saude.Gov e Manual MSD
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