Demissões em massa nas fintechs: Quais são as motivações?

Empresas como a Chlme, Opendoor, Chargebee, Stripe e Pleo, demitiram mais de 10% do seu quadro de funcionários nas últimas semanas.

Se você não sabe o que é uma fintech, é importante entender que ela é uma startup ou empresa que desenvolve produtos financeiros 100% digitais. Sabendo disso, é válido salientar que startups são modelos de negócios incertos que dependem do cenário econômico mundial, o qual se encontra cada vez mais instável.

Por isso, o movimento de crescer incessantemente a qualquer custo, precisa agora ser modificado para um crescimento mais sustentável. Seria essa a motivação das demissões em massa nas fintechs? Entenda mais ao decorrer da leitura.

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Como anda o mercado das fintechs?

Com o aumento de juros pelo mundo e a instabilidade econômica, muitas empresas precisaram rever suas projeções para que fosse possível crescer de forma saudável, com isso cerca de 955 profissionais de fintechs foram demitidos esse ano só no Brasil.

O mercado das fintechs é cíclico e muitos investidores que aderiram ao boom da bolsa em 2020, agora voltam a segurança da renda fixa, afinal até mesmo nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo, as taxas de juros e inflação não param de crescer. Em maio deste ano, por exemplo, os juros chegaram a 8,6% maiores que os das últimas 4 décadas.

É possível listar alguns exemplos de empresas que justificaram suas demissões com o argumento dado anteriormente, o reajuste nas projeções. A exemplo disso, temos a Chlme que após demitir 160 funcionários afirma que essa decisão ajudaria a empresa a prosperar independente da instabilidade do mercado.

Além dela temos também a Opendoor, que demitiu cerca de 550 funcionários visando enxugar as despesas para se manter ativa no mercado, mesmo com a perda de clientes. Outra fintech que seguiu a tendência foi a Stripe, que após grande índice de contratação impulsionado pela pandemia, a qual atraiu vários clientes, precisou realizar o processo contrário e demitiu 14% da equipe para se adequar às novas condições.

Isso demonstra um retrocesso para as fintechs?

Como as startups irão sobreviver a essa crise é um questionamento importante a ser feito, por isso alguns investidores experientes já estão projetando o que deve acontecer com o mercado. Para eles, o segredo para se manter vivo está no segmento: empresas que se propõe a ajudar os clientes a enfrentar as crises e empresas que proporcionam ao cliente um investimento mais seguro e fracionado em propriedades, possuem bastante chance de sobreviver nessa crise.

Com isso, conclui-se que a chave para enfrentar a alta de juros do mercado está nessas empresas mostrarem aos seus clientes que é possível economizar em tempos difíceis.

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