Descoberta histórica: novo réptil marinho de 25 m é revelado no Reino Unido
O Ichthyotitan severnensis é o maior réptil marinho conhecido; confira detalhes sobre seu habitat e extinção.
Na dia 17, notícias vindas da paleontologia sacudiram a comunidade científica com a revelação do Ichthyotitan severnensis, nova espécie de ictiossauro que pode ser o maior réptil marinho já descoberto.
As escavações, que ocorreram entre 2020 e 2022, trouxeram à tona fósseis surpreendentes no Reino Unido, especificamente em uma praia rochosa.
O início da descoberta foi marcado pelo encontro de ossos no topo de uma formação rochosa, captando imediatamente a atenção dos pesquisadores.
O artigo publicado na revista Plos One descreve com detalhes a série de fósseis que compõem a mandíbula inferior do réptil, fundamentais para estimar as dimensões impressionantes do animal.
Cientistas descobrem o maior réptil marinho da história – Imagem: Stefan Czapski/Wikimedia Commons/Reprodução
Quais as características do Ichthyotitan severnensis?
Após a análise dos 12 fragmentos de osso surangular, os cientistas estimam que o ictiossauro media cerca de 25 metros de comprimento quando vivo, superando qualquer registro anterior para répteis marinhos do mesmo grupo.
A nomeação da espécie, Ichthyotitan severnensis — que pode ser traduzido como ‘peixe lagarto gigante do Severn’ —, faz referência direta ao local de sua descoberta, perto do rio Severn.
Os fósseis encontrados nos dizem mais do que apenas a aparência ou tamanho do animal. Eles revelam histórias sobre o ambiente onde viveram esses gigantes.
Ossos do réptil desenterrados – Imagem: Lomax et al, 2024/Plos One/Reprodução
Rochas encontradas próximas aos ossos indicam que a região sofreu com terremotos e tsunamis, eventos que estão potencialmente ligados à intensa atividade vulcânica da era.
Tal contexto suporta a teoria de que eventos geológicos extremos contribuíram para a extinção dessa espécie monumental ao final do Triássico.
Comparativo com outros ictiossauros
Os ictiossauros são conhecidos por seus corpos adaptados à vida aquática, algo similar ao que observamos em golfinhos e baleias modernos.
A maioria dos ictiossauros precisava emergir regularmente para respirar e era predominantemente carnívora, alimentando-se de uma variedade de animais marinhos.
Apesar de já se conhecer mais de 100 espécies de ictiossauros, o Ichthyotitan severnensis se destaca não só pelo tamanho, mas também como provável representante de um gênero novo.
Isso sugere que ainda há muito o que aprender sobre a diversidade e a evolução desses fascinantes répteis marinhos.
Impacto científico e futuras pesquisas
A descoberta do Ichthyotitan severnensis redefine as percepções sobre os limites de tamanho dos répteis marinhos, além de jogar luz sobre as condições ambientais do período Triássico e Jurássico.
Esse achado crucial abre portas para futuras investigações sobre a biologia desses animais e as mudanças climáticas e geológicas de seu tempo.
O estudo continua a ser um marco significativo na paleontologia, prometendo mais descobertas a partir da análise detalhada dos fósseis e do local onde foram encontrados.
A comunidade científica mundial aguarda ansiosamente por mais informações que possam ser desvendadas a partir do gigante do Severn.
A ligação direta entre a extinção de espécies tão grandiosas e eventos catastróficos naturais nos lembra da constante mudança do nosso planeta e como isso afeta profundamente a vida na Terra.
Com informações de Plos One.
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