Descubra por que maçã, morango e caju não são considerados frutas

A verdade sobre esses 'falsos frutos' e sua importância além da classificação botânica.

Em um recente episódio de um podcast, revelações sobre morangos, maçãs e cajus causaram surpresa em muitos ouvintes. Estes alimentos, frequentemente considerados frutas, foram reclassificados como pseudofrutos, também conhecidos como “falsos frutos“. Esse fato desencadeou um debate sobre a verdadeira identidade botânica desses alimentos e suas características nutricionais distintas.

Durante o episódio, explicou-se que a definição botânica de uma fruta é que ela deve se originar do ovário da flor de uma planta. Contudo, essa descrição não se aplica a morangos, cajus e maçãs da maneira como geralmente se pensa.

Os ‘pseudofrutos’

Imagem: Shutterstock/reprodução

Segundo Davi Junghans e Sandro Bonow, pesquisadores da Embrapa, embora classificados como ‘falsos frutos’, esses alimentos cumprem um papel fundamental na natureza. Seu propósito é atrair animais para garantir a disseminação das sementes, assegurando assim a perpetuação das espécies vegetais.

Para compreender melhor essa revelação surpreendente, é crucial entender a verdadeira natureza de cada um desses alimentos:

Morango

Embora seja comumente considerado uma fruta, o morango é na verdade uma estrutura formada por pequenos aquênios presentes na polpa, e não propriamente o fruto botânico.

Amplamente consumido in natura e em diversas preparações, o Brasil destaca-se como grande produtor, com Minas Gerais liderando a produção nacional.

Maçã

Originária da Ásia, a maçã é outro exemplo de pseudofruto. Sua parte central da polpa, onde as sementes residem, é o fruto botânico. Consumida in natura e em variadas receitas, é Santa Catarina o principal estado produtor de maçãs no Brasil.

Caju

Surpreendentemente, o caju também não se enquadra como fruto botânico. Sua castanha é o que se encaixa nessa categoria. Além disso, o líquido extraído da castanha, conhecido como LCC, é utilizado em uma variedade de produtos, desde alimentos até cosméticos. O Ceará se destaca como o maior produtor do país.

Essa descoberta não diminui a importância desses alimentos. Pelo contrário, nos convida a enxergá-los além das classificações botânicas. São ingredientes valiosos em nossas dietas, não apenas por seu sabor, mas também por suas múltiplas aplicações em diversas indústrias, além de desempenharem um papel vital na preservação da biodiversidade.

A complexidade e versatilidade desses ‘falsos frutos’ vão muito além de sua definição botânica. Continuam a encantar nossos paladares e a surpreender com suas características únicas, demonstrando que sua importância vai além de rótulos.

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