Desistências no ensino superior preocupam: escolhas precoces podem ser a causa
O fracasso na formação pode indicar que houve uma escolha precoce, como apontam alguns especialistas. A desistência, nesse processo, torna-se comum.
A desistência dos cursos de graduação pode ser mais comum do que pensamos. De acordo com os dados apurados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), cerca de 59% dos universitários desistem da formação. Isso, infelizmente, indica que esta é uma posição recorrente dos alunos mediante às escolhas precoces. Esta é a conclusão de alguns especialistas.
Escolher a carreira de forma precoce é perigoso?
Os pesquisadores da área de educação afirmaram que escolher uma carreira aos 17 ou 18 anos é algo que torna a possibilidade de desistência mais considerável. Nessa idade, ao concluir o ensino médio, é difícil pensar que um estudante queira e saiba escolher algo para fazer durante toda a vida.
Solucionar este problema seria um fator relevante para as famílias e para as escolas.
Há estratégias que podem compensar o dano causado pelas escolhas precoces, como é o caso dos testes vocacionais, cuja intenção é apontar uma trajetória. Os dados do Inep são de 2019 e apontavam que o número de alunos que desistem da faculdade, tanto em instituições públicas quanto em instituições privadas, chegou a 59%.
Mozart Neves Ramos, titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), informou que um caminho a seguir seria um trabalho menos rigoroso para encontrar uma profissão.
“Essa é uma fase da vida em que ocorrem muitas transformações sociais e emocionais”, apontou Ramos ao defender o peso que os estudantes carregam para decidir tudo o quanto antes.
Escolha de carreira e estratégias
Ao escolher uma carreira, é preciso acessar estratégias que podem auxiliar o processo, tal como foi direcionado por especialistas: testes vocacionais. Para alcançar a excelência, os testes seriam um auxílio dado junto a uma orientação profissional. Estar próximo de alguém que já se formou na área também é algo relevante para fazer a escolha.
O ensino superior é um lugar no qual muitos ainda não pisaram. Escolher, portanto, uma carreira aos 17 anos de idade sem ter em quem se apoiar parece um tanto arriscado, como comprovaram os dados do Inep.
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