Dicas de Redação

A maioria das pessoas tem grande dificuldade para organizar no papel as inúmeras ideias que passeiam pela cabeça. Estas dicas irá te ajudar, confira!

O Escola Educação quer fazer uma perguntinha para você:

Você tem dificuldades para escrever?

Se a sua resposta for “sim”, saiba que você não está sozinho. A maioria das pessoas tem grande dificuldade para organizar no papel as inúmeras ideias que passeiam pela cabeça. Por que será que é tão difícil lidar com as palavras?

Na modalidade oral as ideias parecem fluir bem, somos capazes de nos comunicar de maneira eficiente com nossos amigos, familiares e nos mais diversos ambientes, sejam eles formais ou informais, mas quando o assunto é a modalidade escrita… Aí a conversa é outra!

Para escrever bem você precisa estar preparado, e isso significa que você deve ter um bom domínio de seu idioma, isto é, a nossa língua portuguesa. É indispensável que você, que quer escrever bem, conheça suas normas, regras e também suas exceções.

É preciso conhecer, além da gramática, aspectos que dizem respeito à textualidade, noções como coerência e coesão, além de outros elementos que garantirão que seu texto seja inteligível. Gramática, elementos da textualidade e, não poderíamos deixar de falar sobre algo que enriquecerá seus textos: o repertório cultural. Não basta dominar a técnica que rege a escrita de uma redação, é imprescindível que você tenha ideias e argumentos capazes de prender o seu leitor, convencê-lo e até mesmo persuadi-lo.

Como é possível conquistar um bom repertório cultural? A resposta é assertiva: leia mais. Está provado que quem lê mais possui maior facilidade para se expressar de maneira eficiente na modalidade escrita.

Isso acontece porque, enquanto lemos, temos a oportunidade de estar em contato com o funcionamento da escrita, entramos em contato com as regras que aprendemos na gramática normativa e, ou seja, aprendemos na prática.

Você pode até não ser um grande conhecedor da sintaxe e da semântica, mas se você é um bom leitor certamente saberá utilizar a linguagem escrita muito melhor do que quem não cultiva o hábito da leitura;

Escrever não precisa ser um verdadeiro martírio. “Dedicação” é a palavra de ordem para quem quer aperfeiçoar seus conhecimentos na modalidade escrita e também para quem quer se dar bem nos diversos concursos e vestibulares realizados em todo o país.

Para que esse momento seja mais agradável e repleto de novas descobertas, preparamos algumas dicas que vão ajudar você a lidar com a nossa “última flor do Lácio, inculta e bela”, como já dizia nosso poeta parnasiano Olavo Bilac em seu poema intitulado “Língua Portuguesa”. Vamos lá? Nós do Escola Educação esperamos que este seja um momento proveitoso e de muito aprendizado. Boa leitura e bons estudos!

  1. Leia mais:

Como já dissemos anteriormente, quem lê mais amplia os horizontes e constrói um rico repertório cultural que certamente será útil na hora de desenvolver ideias e argumentos. Não adianta reclamar que não consegue escrever bem se você não tem paciência para a leitura.

Escrever bem não é uma habilidade que cai do céu, certamente alguns de nós já possue certa facilidade e inclinação para o mundo das letras, mas a verdade é que até mesmo os bons e grandes escritores dedicam horas de seus dias para conhecer novos títulos e novos autores. O que você está esperando? Comece já a cultivar o hábito da leitura!

  1. Fique atento à estrutura textual:

Parece redundante dizer que todo texto precisa ter começo, meio e fim, não é mesmo? Mas, infelizmente, muitas pessoas ainda têm dificuldade para compreender que um texto é formado por diferentes partes, e que se uma delas for mal desenvolvida todo o texto ficará comprometido. Na introdução, você deve apresentar para o leitor o assunto que será desenvolvido ao longo do texto.

Ela não precisa ser muito longa, mas é indispensável que seja atraente, que chame a atenção do leitor e faça com que ele tenha vontade de prosseguir com a leitura. No desenvolvimento, que pode ter, em um texto do tipo dissertativo-argumentativo, por volta de três parágrafos, você apresentará ideias e argumentos coerentes.

Fique atento para que nenhuma ideia fique solta, isto é, fique atento para a relação lógica entre elas. Na conclusão, como o próprio nome diz, você deve finalizar seu texto tomando cuidado para que ela não contradiga os argumentos defendidos ao longo da redação;

  1. Evite excessos:

Você sabe o que é o rebuscamento linguístico? O rebuscamento linguístico nada mais é do que aquela mania que algumas pessoas têm de florear o texto, utilizando chavões, clichês, expressões prontas e um monte de arcaísmos resgatados de algum dicionário do começo do século XX. Falar bem não significa falar difícil, pois, quem fala difícil compromete o entendimento da mensagem, função primordial de todas as atividades discursivas.

Opte pela simplicidade, por termos que sejam acessíveis e de fácil assimilação para o leitor médio. Seja objetivo, nada de invencionices que possam provocar o desinteresse por parte daquele que lê;

  1. Pense no leitor:

Para quem você escreve? Para o leitor, não é mesmo? Se você está produzindo um texto para algum concurso ou vestibular, você estará escrevendo para o corretor; sua redação será submetida à critérios avaliativos e disso dependerá o seu sucesso.

Faça um teste: ao final da escrita, leia seu texto. Se você perceber que ele faz sentido, é sinal de que você foi bem sucedido; se não, é hora de rever e estudar possibilidades, o que poderá ser melhorado para que a mensagem seja emitida da maneira mais eficiente possível. Quando um texto prescinde da inteligibilidade, é sinal de que ele falhou na missão de comunicar, premissa da comunicação;

  1. Leia seu texto em voz alta:

Você sabia que esse é um método muito adotado por grandes escritores? A leitura em voz alta é um exercício que permite que possíveis falhas, sejam elas gramaticais ou textuais, sejam identificadas e corrigidas a tempo.

Ao ouvirmos aquilo que colocamos no papel percebemos se nosso texto é coerente ou não, se é coeso ou não, se apresenta problemas estruturais que podem afetar a sua construção de sentidos, se possui falhas relacionadas à concordância ou excessos que possam ser eliminados, dentre outros fatores.

Luana Alves
Graduada em Letras

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