Difíceis demais? ESTES são os 9 cursos universitários mais abandonados do Brasil

Saiba também o que levam tantos estudantes a desistirem de estudar nessas áreas.

No cenário educacional brasileiro, a evasão em cursos superiores é uma preocupação crescente. Nesse contexto, um estudo do Instituto Semesp revela que 55,5% dos alunos abandonam seus cursos antes da graduação.

A expectativa de uma conexão mais imediata com o mercado de trabalho é um dos fatores que contribuem para esse fenômeno. Diante de um curso que pode se estender por quatro ou cinco anos, muitos jovens se sentem frustrados com a demora para ingressar no mundo profissional.

Uma outra pesquisa, dessa vez da Universidade de São Paulo (USP), destaca os cursos com maior índice de desistência, refletindo, de certa forma, a realidade de outras instituições pelo país.

A seguir, apresentamos dez dos cursos que mais frequentemente registram desistências no país, considerando tanto o período de estudo quanto as peculiaridades de cada área.

É importante ressaltar que as motivações para a evasão vão além da escolha do curso em si, englobando expectativas e necessidades pessoais dos alunos.

Cursos com maior evasão no Brasil

O levantamento da USP, que abordou cerca de 11 mil estudantes, revela os cursos mais impactados pela desistência. Os alunos enfrentam múltiplas pressões, as quais influenciam a continuidade dos estudos nas seguintes áreas:

  1. Matemática Aplicada e Computacional(Bacharelado) – 54%
  2. Matemática Aplicada (Bacharelado) – 50%
  3. Matemática (Licenciatura) – 50%
  4. Física (Licenciatura) – 46,7%
  5. Meteorologia (Bacharelado) – 43,3%
  6. Gestão de Políticas Públicas – 43,3%
  7. Filosofia– 42,2%
  8. Astronomia (Bacharelado) – 40%
  9. Matemática (Bacharelado e Licenciatura) – 37,9%
  10. Ciências Exatas (Licenciatura) – 37,2%

Continue lendo para entender, nos três tópicos a seguir, mais profundamente os estopins para o alto número de desistentes.

Imagem: reprodução

1. Fatores socioeconômicos

As dificuldades financeiras representam um peso significativo na decisão de desistir do curso. Muitos alunos precisam trabalhar para se sustentar, o que leva à sobrecarga e à evasão.

Além disso, a falta de moradia e alimentação adequadas afeta especialmente estudantes que se deslocam de sua região de origem para estudar.

2. Fatores institucionais

A qualidade do ensino é um ponto crítico. Professores despreparados e infraestrutura inadequada são fortes elementos desmotivadores.

A desconexão entre o curso e o mercado de trabalho também desestimula, afastando os alunos das salas de aula.

3. Fatores pessoais

A escolha do curso por influência externa, como pressão familiar, pode resultar em falta de interesse ao longo dos estudos e consequente desistência.

Dificuldades de aprendizagem e problemas pessoais, como saúde e relações, também são barreiras significativas para a continuidade dos estudos.

A evasão nas universidades brasileiras é um desafio que exige atenção. Compreender os fatores subjacentes pode ajudar na formulação de estratégias para reter estudantes e alinhar o ensino às suas expectativas e realidades.

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