O dinheiro traz felicidade para as pessoas de fato?
Será que para ser feliz é necessário apenas ter um salário adequado? Confira mais detalhes.
Quando nos falta a capacidade de nos sentirmos seguros, nossa configuração padrão é ficar sobrecarregada pela ansiedade. À luz disso, podemos afirmar que a segurança é, de fato, uma condição necessária para a felicidade. Porém, para essa questão, também inclui-se a situação financeira de alguém. Mas será mesmo que dinheiro traz felicidade para as pessoas? Veja neste artigo.
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Estudo científico sobre o tema
Matthew Killingsworth confirma, em um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), que o dinheiro afeta a felicidade e o bem-estar, ainda mais do que podemos imaginar.
O estudo coletou mais de 1 milhão de dados de mais de 30 mil participantes americanos (de 18 a 65 anos) que forneceram informações sobre seus sentimentos diários para chegar a essa conclusão. Tudo isso foi feito por meio de um aplicativo chamado Track Your Happiness, que Killingsworth criou.
Por meio desse app, os usuários responderam perguntas durante o dia em vários horários sobre a sua felicidade no momento. Além disso, pelo menos uma vez durante o procedimento, os participantes foram solicitados a avaliar seu nível de satisfação com suas vidas, com as respostas variando de “nenhuma” a “muito”.
Análise e conclusão dos resultados
Com os dados, Matthew calculou o nível médio de felicidade de cada pessoa e examinou como isso se relacionava com sua renda. O experimento usou um limite de U$ 75.000,00 como renda familiar anual como ponto de partida. Como resultado, foi determinado que era uma possibilidade convincente de que o dinheiro deixasse de ser importante neste momento (o ponto de partida), pelo menos em termos de como as pessoas realmente se sentem a cada momento.
Depois ele descobriu que todas as formas de bem-estar continuavam aumentando junto com a renda quando observou uma ampla gama de níveis de renda. Ou seja, não houve nenhuma mudança na curvatura ou um ponto de inflexão onde o dinheiro deixa de ter importância.
Finalmente, a conclusão mais lógica a ser tirada desses experimentos é que qualquer valor que melhor se correlaciona com os valores de uma pessoa é aquele que melhor representa o “ponto ideal” dessa pessoa. Portanto, para alcançar a felicidade, eles devem ser capazes de adquirir as experiências não materiais que são mais significativas para eles.
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