Você sabe por que os indianos são mais suscetíveis a desenvolver doenças genéticas raras?

Quando se fala em doenças genéticas raras, é frequente a aparição de um país do oriente na lista. Um desses países é a Índia, onde a população é mais suscetível ao aparecimento de anomalias genéticas. Quer saber o motivo? Continue a leitura.

Qual é a raiz do problema das doenças genéticas em indianos?

Segundo o Ministério da Saúde indiano, o número de pessoas com doenças genéticas consideradas raras no país é superior a oito milhões. As condições, no entanto, são diversas e abrigam mais de cinco mil tipos diferentes de doenças.

Para os pesquisadores, o motivo para a população da Índia ser mais suscetível ao desenvolvimento de doenças genéticas raras está na prática de casamentos endogâmicos, entre membros de uma mesma comunidade, com ou sem relação de parentesco.

Segundo Thangaraj, especialista em genética, quando a causa de uma mutação genética é recessiva, ou seja, que se manifesta na ausência de um gene dominante, a transmissão acontece por gerações e surge mesmo em membros de uma mesma comunidade que não são parentes.

Hoje, a comunidade científica sabe que populações da Índia localizadas na região sul do continente asiático são mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças genéticas raras.

O governo indiano não dá atenção devida ao controle de doenças

Na Índia, o poder público dá pouca atenção ao caso, visto que afeta uma parcela pequena da população. Além disso, a falta de recursos financeiros e aparatos médicos também dificulta o controle do desenvolvimento das doenças genéticas raras.

Até houve o desenvolvimento de uma Política Nacional sobre Doenças Raras em 2017, no entanto, mesmo com revisões nos anos seguintes, não houve resultados concretos para controle do problema.

No mundo, mais de 350 milhões de pessoas são afetadas por doenças genéticas. Por ser um contingente pequeno, o orçamento destinado à pesquisa e tratamento costuma ser de difícil obtenção, como é o caso da Índia, em que milhares sofrem com um sistema público de saúde precarizado.