É verdade que, em 2026, a humanidade poderá ser extinta?
Discussões sobre a extinção da humanidade ganham fôlego com previsões próximas, impactando o debate científico e social.
A humanidade está em um momento crítico, segundo a Bulletin of the Atomic Scientists (BAS), organização que emergiu após as tragédias nucleares de Hiroshima e Nagasaki. Seu objetivo, desde 1945, tem sido alertar sobre os riscos de uma guerra nuclear.
A organização foi a responsável por criar o Relógio do Juízo Final, que simboliza a proximidade da humanidade com sua extinção. Em 2023, seus ponteiros ficaram a 90 segundos da meia-noite, reforçando previsões de extinção até 2026.
Além dos problemas de guerras nucleares, há outros aspectos capazes de levar à eliminação de grande parte da humanidade ou até dela por inteiro.
Extinção da humanidade assombra cientistas desde o lançamento das bombas atômicas no Japão, em 1945 – Imagem: reprodução
Ameaça do asteroide Apophis
Um fenômeno cósmico também figura entre as principais preocupações. Em 2029, o asteroide Apophis passará a apenas 38 mil quilômetros da Terra.
Embora inicialmente não haja risco imediato, sua trajetória pode ser alterada, o que tornaria possível uma colisão em 2036.
As regiões do Extremo Oriente russo, América Central e África Ocidental estão entre as possíveis áreas de impacto. A incerteza sobre a trajetória exata do asteroide mantém os cientistas em alerta, monitorando qualquer alteração significativa.
Padrões de consumo
Em 1972, o Clube de Roma alertou para os efeitos devastadores dos padrões de consumo da humanidade e para as mudanças drásticas necessárias para evitar um colapso catastrófico.
Alguns matemáticos sustentam o “argumento do Dia do Juízo Final”, sugerindo que a civilização pode ter apenas alguns séculos ou milênios restantes, se o padrão de vida e consumo atual permanecer.
Em sua obra ‘Estrutura da Catástrofe Global’, o futurologista Aleksei Turchin reforça a necessidade de ação imediata para evitar um destino trágico, enfatizando que a extinção da humanidade pode ocorrer ainda neste século.
Crescimento populacional
Heinz von Foerster, físico austríaco-americano, compartilhou em 1960 preocupações sobre o crescimento populacional descontrolado. Ele acreditava que a superpopulação, e não eventos climáticos ou econômicos, causaria nossa extinção.
Desde 1960, a população global cresceu de 3 bilhões para 8 bilhões em 2022. A ONU projeta que até 2050 quase 10 bilhões de pessoas habitarão a Terra, com 60% vivendo em centros urbanos. O desafio é acomodar e alimentar essa população crescente.
A crescente ocupação urbana pressiona os recursos, destacando a necessidade de um planejamento inovador; por isso, governos buscam soluções para a urbanização acelerada.
A França, por exemplo, tem um projeto chamado “Reinvent Paris 2”, que explora o uso de terrenos subutilizados.
Solução para o crescimento populacional
Von Foerster sugeriu o controle de natalidade como solução e propôs tributações mais altas para famílias com mais de dois filhos, evitando medidas drásticas como a política do filho único na China.
Porém, a implementação dessas ideias é bastante controversa, já que famílias com mais filhos têm mais gastos com necessidades básicas, e isso pode gerar uma grande desigualdade social.
O futuro da humanidade
As previsões apontam para um cenário desafiador, com datas específicas e eventos potencialmente catastróficos. Embora alguns riscos sejam previsíveis, outros são mais especulativos. A importância de ações preventivas é inegável, e cabe à sociedade decidir seu caminho.
Com o tempo passando rapidamente para a meia-noite simbólica do Relógio do Juízo Final, a humanidade enfrenta desafios complexos, e o futuro só depende das decisões tomadas hoje.
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