Educação inclusiva e contexto social: o que é e como se faz?
Especialistas debatem sobre inclusão no âmbito escolar e afirmam que a vida do aluno precisa ser considerada na aprendizagem.
A educação escolar é dotada de complexidades e é um espaço para debates. Diariamente, escolas espalhadas por todo o Brasil recebem milhares de alunos, entre os quais cada um tem suas particularidades. Pensar na aprendizagem e na inclusão de todas as diferenças é um debate que precisa ser considerado a todo momento.
Para Teresa Mantoan, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), não há distinção entre uma escola inclusiva e uma escola regular. Para ela, especialista quando o assunto é inclusão educacional, a principal pauta de debate é sobre conscientização da sociedade por inteiro. Construir uma escola inclusiva é, de fato, incluir a todos, sejam eles deficientes ou não.
Em entrevista concedida à Agência Brasil, na última quarta-feira (8), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, professora há mais de 60 anos, Teresa afirma que acredita que o conhecimento educacional é capaz de fazer um profissional evoluir e entender o espaço escolar como algo a ser construído.
Experiência de vida e aprendizagem escolar
Muitos dos professores levam para a profissão suas práticas pessoas de vivência dentro da escola. Teresa, por exemplo, diz que foi uma aluna que não tinha interesse em aprender na escola durante a infância. Ao se profissionalizar, a alternativa da professora foi escolher trilhar caminhos distintos do ensino tradicional.
Essa dificuldade de aprendizagem e interesse durante a infância fez com que ela reconhecesse a distância existente entre a matéria escolar e a vivência dos alunos.
Quando há distinção entre aprender e viver, de acordo com a professora, a aprendizagem é dificultada. O sistema atual, embora perdure por anos, segue um caminho tradicional que limita a capacidade do aluno.
Sistema inclusivo, como orienta o PNE
As leis educacionais, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), viabilizam a educação inclusiva de todas as crianças e de todos os adolescentes. O PNE garante que, dos 4 aos 17 anos de idade, mesmo com necessidades especiais, todos os alunos devem estar matriculados em classes comuns.
O sistema educacional, como principal responsável pela inclusão, deve garantir que todos os alunos tenham recursos para aprender mesmo diante de necessidades.
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