Em 2024, Google considera suspender o uso de adblock no chrome
Uso de bloqueadores de propaganda será afetada com as novas mudanças no navegador do Google.
O Google está planejando uma mudança significativa no Chrome, que afetará o uso de bloqueadores de anúncios, introduzindo o polêmico formato de extensão “Manifest V3”.
Anunciado há um ano e suspenso após protestos em 2022, o novo formato tem previsão para entrar em vigor em junho de 2024, coincidindo com o lançamento da versão 127 do navegador. Inicialmente, a mudança será implementada nas versões de teste do Google Chrome, incluindo Beta, Dev e Canary, antes de chegar à versão estável do navegador em julho de 2024.
As mudanças
O Manifest V3, em desenvolvimento desde 2018, traz consigo uma transformação significativa ao abandonar APIs essenciais, como ‘WebRequest’, que é vital para que os bloqueadores de anúncios gerenciem arquivos e cookies, possibilitando o bloqueio de propagandas.
Uma das principais críticas à mudança é a redução da capacidade de rastreamento de anúncios, o que pode afetar a eficácia dos bloqueadores de anúncios.
A decisão do Google, anunciada no blog oficial da empresa, gerou controvérsias, especialmente em relação às justificativas fornecidas. A Electronic Frontier Foundation (EFF), uma organização não governamental dos Estados Unidos, questiona os argumentos do Google, indicando que a alteração não tornará o Chrome mais eficiente ou seguro.
Alternativas
Para os usuários preocupados com essa mudança, uma alternativa é migrar para navegadores que não se baseiam na tecnologia Chromium. O Firefox, por exemplo, também está implementando o Manifest V3, mas promete fazer isso sem impactar o funcionamento dos bloqueadores de anúncios.
A Mozilla assegura aos usuários que as ferramentas de privacidade, incluindo bloqueadores de anúncios, continuarão operando sem restrições.
Essa decisão do Google não impactará apenas o Chrome, mas também outros navegadores baseados no Chromium, como Opera, Microsoft Edge e Vivaldi.
A mudança levanta questões sobre a liberdade do usuário no controle de sua experiência online e destaca as complexidades envolvidas na interação entre gigantes da tecnologia e desenvolvedores de extensões que buscam manter a privacidade e a eficiência dos usuários na web.
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