Abuso de preços em SP mesmo com fortes chuvas e pessoas desabrigadas: o litro da água chegou a R$ 93
Nos últimos dias, cidades de São Paulo foram devastadas por chuvas, deslizamentos e preços abusivos de água e alimentos. Procon emite alerta.
Os dias de carnaval foram diferentes para os moradores do litoral paulista. Fortes chuvas deixaram pessoas desabrigadas, sem comida e sem ter o que vestir. O caso fez um repórter da TV Globo chorar enquanto comunicava ao público o que estava acontecendo no local. Na situação, o repórter Wallace Lara estava anunciando que empresários do local estavam vendendo o litro da água por R$ 93. Os preços abusivos não se limitaram a bebida. Acompanhe a leitura e saiba mais.
O caso repercutiu após repórter se emocionar
Comovido com a situação de pessoas desabrigadas, vítimas que morreram enquanto outras pessoas estavam sem ter o que comer, Wallace não conteve a frustração e desabou em lágrimas enquanto estava ao vivo.
“É difícil ouvir um depoimento como a gente ouviu agora e não se emocionar. Cobrar R$ 93 em um litro de água na situação que nós estamos aqui é inacreditável. Há gestos de solidariedade muito maiores do que esse de ganância que a gente viu agora”, desabafou o repórter.
Ele relatava a situação que estava vivenciando em Topolândia, na cidade de São Sebastião. O repórter dizia que as pessoas estavam retirando as lamas das próprias casas e as cidades não tinham estrutura suficiente para dar suporte às vítimas.
Procon emite alerta de preços abusivos
Não somente o litro da água chegou a um valor absurdo, pois os mercados também aumentaram o valor dos alimentos básicos. Nas redes sociais, usuários reclamam da alta nos preços dos alimentos na cidade. Um saco de arroz de 5 kg foi registrado a R$ 29,99 em um mercado de São Sebastião.
São Sebastião, na situação que está os mercados teve a coragem de subir os preços dos alimentos. pic.twitter.com/7CCzweWppM
— Felipe Gabriel (@Felipe_gabrielo) February 21, 2023
Com as diversas denúncias, o Procon-SP emitiu uma nova sobre o aumento dos preços de forma abusiva dos itens de necessidade básica, tal como remédios, alimentos, água, combustível e outros. É proibida a manifestação de aproveitamento da fragilidade do consumidor, o que torna a prática ilegal mediante aos acontecimentos.
Wilton Ruas, Diretor Executivo da Fundação Procon-SP, diz que as práticas abusivas de aumento de preço acontecem quando não há justificativas para elevar o valor dos produtos, afirmando que “é agravado em situações de extrema fragilidade do consumidor, como no caso da tragédia que se abateu no litoral Norte de SP, consequência das fortes chuvas que assolaram a região”.
As denúncias poderão ser registradas no site do Procon.
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