Empresa cria método para fazer transplantes de cabeça com uso de IA

De acordo com a organização, esse tipo de cirurgia estará disponível dentro de uma década.

Em mais um anúncio que mais parece o enredo de um filme de ficção científica futurista, a startup BrainBridge confirmou que está desenvolvendo um método cirúrgico que vai permitir a realização de transplantes de cabeça.

Até agora, o que se sabe é que o procedimento será realizado por máquinas dotadas de inteligência artificial (IA), que basicamente vão desconectar completamente uma cabeça para, então, conectá-la a um corpo receptor.

Durante o processo, nervos, artérias, ossos e músculos serão manipulados de forma a manter a vitalidade do cérebro dentro da cabeça transplantada. O objetivo é que as memórias, consciência e capacidades cognitivas sejam mantidas.

Se tudo ocorrer como previsto, esse tipo de transplante levará cabeças de indivíduos que tiveram problemas corporais irreversíveis para se conectar aos corpos de pessoas que tiveram morte cerebral.

“O objetivo de nossa tecnologia é ultrapassar os limites do que é possível na ciência médica e fornecer soluções inovadoras para aqueles que lutam contra condições de risco de vida”, destacou o cientista Hashem Al-Ghaili, líder do projeto.

Os planos da BrainBridge

Ilustração gráfica mostra como será feito o transplante de cabeça. Imagem: BrainBridge/SWNS/reprodução

Em comunicado enviado à impresa, a BrainBridge destacou que já trabalha em soluções a longo prazo para mitigar possíveis casos de rejeição ou incompatibilidade.

“O processo [de implante] emprega sistemas robóticos avançados de alta velocidade para prevenir a degradação das células cerebrais e garantir uma compatibilidade perfeita”, disse a empresa em nota.

Ainda segundo a empresa, humanos não atuarão no procedimento em si, que deve ser realizado por máquinas alimentadas com IA.

“Todo o procedimento é guiado por imagens de nível molecular em tempo real e algoritmos de IA para facilitar a reconexão precisa da medula espinhal, nervos e vasos sanguíneos.”, complementou.

A BrainBridge também afirmou que o primeiro transplante do tipo deve acontecer em até oito anos, conforme seu cronograma de protocolos.

Dona de planos ambiciosos, a empresa afirmou ainda que os transplantes de cabeça são “apenas o começo” e que, no futuro, outras cirurgias ainda mais complexas serão uma realidade.

“No curto prazo, esperamos que o projeto resulte em avanço na reconstrução da medula espinhal e transplante de corpo inteiro, mas a longo prazo, o projeto irá expandir-se para áreas que irão transformar os cuidados de saúde tal como os conhecemos.”, finalizou.

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