Empresa paga R$ 8.300 para quem largar o celular por 8 horas — mas quase ninguém conseguiu
Empresa testa vício em celular com prêmio de R$ 8.300, mas revela dificuldades das pessoas em se desconectar.
Na China, uma experiência intrigante trouxe à tona um problema crescente: a dependência de smartphones. Com um prêmio tentador de R$ 8.300, a proposta era simples, mas desafiadora: ficar 8 horas sem tocar no celular. No entanto, o resultado surpreendeu a todos.
Dos dez participantes da iniciativa, apenas uma pessoa conseguiu completar o desafio. Para muitos, a tarefa parecia inviável, o que expôs a dificuldade de se desconectar dos dispositivos, mesmo quando há um incentivo financeiro significativo.
Vício em smartphones pode gerar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão – Imagem: reprodução/Robin Worrall/Unsplash
Regras e dificuldades do desafio
A atividade, nomeada de “bem-estar público”, impôs algumas restrições rigorosas. Além de não usar o smartphone, os participantes precisavam permanecer deitados, sem ler, assistir a vídeos, dormir ou realizar qualquer outra atividade que pudesse distrair.
Os níveis de ansiedade eram monitorados com uma pulseira, o que assegurou que não houvesse estresse elevado. Tais condições tornaram o desafio ainda mais complexo do que aparentava.
Apenas uma participante, vestida com um pijama, saiu vitoriosa no teste. Esse cenário é o reflexo de uma realidade preocupante: mais de 25% dos usuários globais mostram sinais de vício em smartphones.
Nos Estados Unidos, a situação também é alarmante, com adultos que checam seus celulares, em média, 352 vezes ao dia. O isolamento durante a pandemia e a incessante busca por conexão agravaram ainda mais essa dependência digital.
Um exemplo de sociedade hiperconectada
A experiência chinesa evidencia uma tendência mundial: uma sociedade cada vez mais presa aos dispositivos, mesmo quando há possibilidade de um ganho financeiro para se desconectar. O vício em smartphones ultrapassa o âmbito pessoal e assim se mostra como um desafio coletivo.
Tal comportamento é sintomático de uma era hiperconectada e cheia de estímulos, o que tem gerado também problemas de saúde mental, como elevação da ansiedade e da depressão.
A questão que fica é: estamos preparados para nos desligar, mesmo que temporariamente, de nossos dispositivos?
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